Transplante capilar: por que vale a pena passar pela cirurgia?

Você tem feito tratamento preventivo, mas as entradas não apresentam mais fios? Então, a solução é o transplante capilar, único procedimento capaz de fazer o cabelo crescer novamente em áreas calvas. Com resultado natural e fios saídos do couro cabeludo do próprio paciente, as chances de que haja rejeição são praticamente nulas.

Se você ainda tem dúvidas, conheça mais sobre o transplante capilar, além de 6 motivos para passar pela cirurgia:

O que é transplante capilar?

É uma cirurgia de reinserção de folículos em áreas onde o cabelo não consegue mais se desenvolver. Há uma série de motivos por trás dessa perda:

  • má alimentação e carência de vitaminas;
  • infecções no couro cabeludo;
  • diferentes tipos de alopecia;
  • desregulação hormonal;
  • excesso de oleosidade;
  • má higienização;
  • eflúvio telógeno.

Esses são apenas alguns motivos. Porém, apenas alguns deles o enfraquecimento e a perda definitiva da capacidade do couro cabeludo em produzir novos fios.

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Como o transplante capilar é feito?

Independentemente da técnica, o transplante capilar sempre é feito sob anestesia e sedação. Como a cirurgia é bastante longa (podendo chegar a oito horas por sessão), essa combinação não apenas evita dores, como também que o paciente fique inquieto com o passar do tempo.

Se a calvície já estiver em estágio avançado, o paciente pode precisar de mais de uma sessão.

Há dois tipos de transplante capilar

FUT

Follicular Unit Transplantation (FUT) é o procedimento em que o cirurgião retira uma faixa de couro cabeludo da parte não afetada pelo fator causador da queda de cabelo. Quando falamos da alopecia androgenética, essa faixa compreende as laterais e a parte posterior da cabeça logo acima da nuca.

Mais recomendado para quem tem calvície mais avançada, esse tipo de transplante capilar permite uma retirada consideravelmente maior de unidades capilares de uma vez só. Uma faixa pode ter 1 cm de altura por 30 cm de comprimento. 

E como fica a movimentação da cabeça? Um cirurgião gabaritado jamais vai retirar uma faixa de pele que possa comprometer a mobilização da cabeça. Assim que o paciente estiver recuperado, poderá mover-se como se não tivesse passado por nenhum procedimento.

Além dos casos de calvície mais avançada, recomenda-se a FUT para quem não quer raspar os fios por completo. Aqui, apenas a área doadora deve passar pela máquina.

FUE

Follicular Unit Extraction (FUE) é o método mais recente de transplante capilar. Nele, o cirurgião retira unitariamente os folículos e os repõe na área calva. É um procedimento mais demorado e que exige a raspagem dos fios. Porém, como as cicatrizes são puntiformes, elas ficam cobertas com o crescimento do cabelo. 

Mas essa retirada dos folículos não deixa novas áreas calvas no couro cabeludo? Não, porque o médico obedece à densidade do couro cabeludo. Para que a retirada fique praticamente imperceptível, a regra é retirar um folículo a cada cinco.

Outro fator interessante da técnica FUE é que ela permite que o cirurgião retire fios de outras partes do corpo. E se a área doadora for pequena comparada à receptora, o cirurgião pode retirar fios da barba, tórax e até a região pubiana. A técnica é chamada de Body Hair Transplant (BHT).

E qual a melhor técnica? Depende do caso do paciente. Mesmo a FUE sendo a mais recente, ela não cobre casos de calvície avançada. Além disso, as duas podem ser combinadas para que a área doadora seja aproveitada o máximo possível.

Por que vale a pena passar pelo transplante capilar?

Veja 6 motivos que fazem do transplante capilar a melhor alternativa para a perda definitiva de folículos:

1. Os fios são naturais

Você provavelmente ouviu falar no implante capilar, cirurgia semelhante ao transplante. Aqui, em vez de folículos naturais retirados do próprio paciente, o cirurgião utiliza fios feitos de náilon para o procedimento. O cabelo sintético reproduz o padrão capilar do paciente.

Por mais natural que o implante possa parecer, ele limita o paciente em diversos aspectos:

  • a textura do cabelo é difícil de imitar: um couro cabeludo pode ter fios com padrões diferentes — um mais liso, outro mais encaracolado; 
  • o paciente terá que manter a mesma cor dos fios pelo resto da vida: com o tempo, é normal ficar grisalho. Se o cabelo tiver sido feito com um tom mais escuro, ele pode se destoar do padrão branco. Além disso, o tingimento também é mais complexo;
  • o corte de cabelo deve se manter o mesmo: se o seu transplante for feito com fios curtos, será preciso cortar os naturais constantemente para que o crescimento não contraste com o cabelo sintético;
  • não dá para raspar: se um dia você quiser raspar os fios ou manter em um corte bem baixo, o transplante capilar com fios naturais traz essa possibilidade. Aliás, é possível manter os fios mais compridos — é preciso apenas respeitar o limite de crescimento do cabelo.

O transplante capilar com folículos do próprio paciente é a maior garantia de um resultado natural e que traga mais possibilidades de cortes para o indivíduo.

2. O transplante é o único método que faz os cabelos crescerem em áreas afetadas pela calvície

Geralmente, quem passa pelo transplante capilar é o indivíduo que sofre de alopecia androgenética (nome clínico da calvície). Predominante em homens, a condição ocorre por conta da testosterona que, em contato com a enzima 5-alfarredutase, converte-se em DHT, uma versão muito mais potente do esteróide. 

A DHT se liga aos receptores dos folículos capilares com predisposição à calvície, impedindo que o sangue chegue até eles e que haja o desenvolvimento do cabelo. Dessa forma, o fio nasce cada vez mais fraco, até que o folículo para de produzir e “morre”. Quando a calvície chega nesse estágio, não é possível reverter com fármacos, como a Dutasterida e a Finasterida.

Como visto, o transplante é a colocação de fios saudáveis (sem predisposição genética à alopecia) nas áreas onde já não são produzidos mais fios. Dessa forma, o cabelo volta a crescer na região, sem risco de que o afinamento e o sumiço ocorram novamente.

3. Os folículos transplantados não caem

Você deve estar se perguntando: se os fios são do próprio doador, como eles não vão cair? Simples: existe uma área do couro cabeludo que não é geneticamente afetada pela calvície — é o que chamamos de área doadora. Portanto, o cirurgião vai explorá-la da melhor forma possível para cobrir toda a área calva (receptora) sem deixar falhas na região.

E, como dito, se não houver folículos suficientes no couro cabeludo, o cirurgião vai procurar por outras áreas doadoras no corpo do paciente. O resultado é permanente.

Os folículos de outras regiões servem para trazer mais volume aos fios; já os do couro cabeludo ficam nas entradas, testa e laterais, proporcionando um resultado mais natural e homogêneo.

4. Praticamente não há risco de incompatibilidade

Como visto, as unidades foliculares reintegradas são sempre do próprio paciente. Isso evita que o organismo enxergue os folículos como “invasores” e os ataque, impedindo o sucesso da cirurgia. A medicina, aliás, não utiliza terceiros como doadores justamente para evitar esse “ataque” do organismo e que o paciente passe a vida inteira tomando antibióticos. 

5. As cicatrizes são discretas ou praticamente imperceptíveis

Cada técnica traz um tipo diferente de cicatriz, mas nenhuma delas traz prejuízos ao resultado.

A FUT deixa uma cicatriz linear, mas os fios crescidos ao redor vão cobri-la. Já a FUE deixa marcas micropuntiformes, praticamente invisíveis e igualmente cobertas – nesse caso, com o desenvolvimento dos novos fios.

6. Rápida recuperação

Apesar de ser uma cirurgia demorada (uma sessão pode durar até 8h), o paciente volta para casa no mesmo dia. Por volta de um mês após o transplante capilar, o paciente já estará de volta à sua rotina. Isso, é claro, depende de alguns detalhes — por exemplo: pode ser que o médico peça para evitar água do mar, piscina e radiação solar por mais tempo.

De qualquer maneira, mantenha alguns cuidados para ter o melhor resultado:

Na hora de dormir

  • nas primeiras noites, o paciente deve dormir com a cabeça elevada para ajudar na circulação sanguínea local. Para isso, ele pode colocar dois travesseiros debaixo da cabeça ou uma toalha enrolada debaixo do pescoço;
  • além disso, o ideal é dormir de barriga para cima. Assim, o inchaço vai para a nuca, e não para a testa;
  • é essencial trocar as fronhas todos os dias.

Banho

  • a lavagem é feita no dia seguinte ao transplante capilar. Se não for feita pelo próprio médico, ele vai orientar o paciente como fazê-la. Contudo, ela não pode ser postergada;
  • a partir daí, limpe o couro cabeludo diariamente;
  • lave com água morna ou fria (mas não muito), além de shampoo neutro, preferencialmente voltado para bebês;
  • esfregue o couro cabeludo delicadamente. A massagem estimula a circulação sanguínea e, com isso, os fios nascem mais nutridos;
  • jamais use as unhas! Elas podem tirar as crostas antes da hora e machucar o couro cabeludo;
  • deixe uma toalha separada apenas para enxugar o couro cabeludo.

Dia a dia

  • corte álcool e (principalmente) cigarro o máximo que puder. Eles afetam a circulação sanguínea e a cicatrização;
  • evite sol, mar e piscina de um a dois meses, dependendo da recomendação médica;
  • priorize camisas de botão ou de zíper, que o indivíduo não precisa retirar pela cabeça;
  • proteja o couro cabeludo: bonés são ótimos aliados para quem precisa sair ao sol. Contudo, não fique por horas com o mesmo boné, pois ele pode abafar a região e provocar suor;
  • o suor, aliás, é algo que você deve evitar o máximo possível nos primeiros dias pós-cirurgia, já que ele também interfere na cicatrização;
  • evite artes marciais e esportes pesados no primeiro mês. Porém, você pode voltar a caminhar depois de alguns dias;
  • mantenha uma alimentação equilibrada, sem exageros de sal e açúcar;
  • caso sinta incômodo, utilize apenas a medicação prescrita pelo médico. Já o tratamento preventivo, como Finasterida/Dutasterida e Minoxidil, retome quando o profissional recomendar;
  • se observar alguma reação estranha no couro cabeludo, entre em contato imediatamente com o cirurgião.

Viu como vale a pena passar pelo transplante capilar? Então, se você tem alguma dúvida, entre em contato com a Clínica Mauad e marque sua consulta!

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