Linha frontal no transplante capilar: qual a importância?

Quando a alopecia androgenética começa a se manifestar (nome clínico para calvície), os primeiros sinais costumam ser as entradas e o aumento da testa. Por isso, uma das principais preocupações do cirurgião é fazer uma boa linha frontal no transplante capilar, já que ela será responsável por “disfarçar” qualquer sinal de perda dos fios no couro cabeludo.

O desenho, contudo, precisa respeitar a naturalidade dos fios para que o resultado de todo o transplante seja bem-sucedido.

Neste post, você vai saber mais sobre o que é linha frontal e qual a sua importância no transplante capilar, além de outras informações importantes sobre a cirurgia. Confira!

O que é a linha frontal no transplante capilar?

Antes de tudo, é preciso saber o que é a linha frontal. 

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Também chamada de hairline, a linha frontal nada mais é do que a transição da testa para o cabelo, ou seja, aquelas primeiras fileiras de folículos capilares que aparecem na sua face. Ela é tão importante que pode até definir a percepção de terceiros sobre a aparência do indivíduo. Testas maiores podem fazer com que uma pessoa pareça mais velha ou com personalidade mais austera; já a testa pequena ou franja traz aparência de juventude.

Cada indivíduo tem um tipo de linha frontal. Portanto, não dá para usar o mesmo desenho em todos os pacientes. Na hora de defini-la, o profissional vai desenhá-la de acordo com as características individuais, respeitando proporções e o gosto pessoal do paciente.

Qual a importância da linha frontal no transplante capilar?

A linha frontal é a “moldura” do rosto, por isso é tão importante que o cirurgião a faça com capricho. Ela, aliás, é a “assinatura” do profissional, ou seja, uma das principais características para garantir que o paciente goste do resultado do transplante.

Uma linha frontal bem-feita garante a naturalidade do transplante capilar. Nos primeiros dias pós-transplante, a região apresentará “casquinhas”, crostas que se formam quando a região é machucada. Contudo, logo após caírem e a região começar a mostrar crescimento, os primeiros fios vão crescer como se não tivesse havido nenhuma alopecia na região.

Outro fator importante é que a linha frontal “decide” onde o cabelo vai começar. Em alguns casos, o indivíduo faz transplante capilar não por necessariamente sofrer de calvície, mas por se incomodar com o tamanho da testa. Portanto, o procedimento serve para diminuir o tamanho da região. 

Por fim, a linha frontal é responsável por fazer a passagem entre o final da testa e o início do cabelo. Portanto, não pode ser muito brusca; é preciso que haja uma transição natural, com poucos fios, que vão “encorpando” nas próximas fileiras de folículos.

A densidade dos fios só aparece a partir da quinta ou sexta linha frontal; nas primeiras, o cabelo é mais ralo.

Como é feita a linha frontal no transplante capilar?

A linha frontal é desenhada por meio de um consenso entre paciente e especialista (que pode ou não ser o cirurgião responsável pelo transplante). Afinal, é preciso que a decisão seja feita com base nos folículos capilares disponíveis, técnicas utilizadas, quantidade de sessões, proporção e gosto estético do paciente.

O desenho no rosto do indivíduo, porém, é feito no dia da cirurgia e pelo próprio cirurgião. Ele faz a demarcação para que não haja erros durante o procedimento. 

Há uma série de regras para uma linha frontal natural no transplante capilar:

  • o desenho muda conforme a idade do paciente. Um indivíduo com 25 anos tem uma linha diferente daquele com mais de 50. Aqui, naturalidade é a palavra-chave;
  • por mais que o paciente queira uma testa pequena, o cirurgião deve priorizar a proporção do rosto;
  • a linha frontal precisa ser mais “rala”, ou seja, ter ocos com aparência de naturais;
  • o cirurgião leva em conta o número de folículos disponíveis para o transplante;
  • o tamanho e a forma da face devem ser levados em consideração;
  • o desenho não pode ser muito próximo da linha das sobrancelhas;
  • ela não deve ser reta, já que isso não obedece à anatomia;
  • a linha frontal é formada por folículos de um fio.

Cada folículo capilar saudável consegue desenvolver fios. Porém, 90% deles produz apenas um fio por vez, enquanto os outros 10% criam dois fios ou mais.

Angulação da linha frontal

Para haver naturalidade, o cirurgião desenha conforme a angulação da linha frontal segundo a anatomia. Na parte central da face, a linha tem uma angulação de 45 a 60 graus em relação ao osso occipital (na parte posterior do crânio). Aqui também é onde há mais folículos. Já nas laterais (linha fronto-temporal), os ângulos diminuem consideravelmente. 

Quais as técnicas utilizadas para transplante capilar?

Atualmente, existem dois métodos de remoção de fios para o transplante:

FUT

Follicular Unit Transplantation (FUT) é o tipo de transplante capilar em que o cirurgião retira uma faixa de couro cabeludo para separar os folículos e transplantá-los nas áreas calvas. A FUT é a técnica mais adequada para rarefações maiores, pois permite que o cirurgião tire uma grande quantidade de unidades capilares de uma vez só sem deixar falhas na área doadora. A faixa tem em média 30 cm de extensão e 1 cm de altura.

Outra vantagem da FUT é que o paciente não precisa raspar os fios para o procedimento. É uma opção válida para mulheres, que costumam ter mais dificuldade com relação a isso.

Um fator “contra” dessa técnica é que ela deixa uma cicatriz linear no couro cabeludo. Não é uma marca chamativa, e sim uma linha “calva” na parte posterior da cabeça. Porém, não é preciso se preocupar: o cabelo ao redor consegue cobrir a marca da cirurgia.

FUE

Follicular Unit Extraction (FUE) é a técnica em que o cirurgião retira os folículos um por um do couro cabeludo. Dessa forma, o processo de remoção das unidades capilares é mais demorado, mas sem deixar cicatrizes visíveis. O método é indicado para calvície ainda de início, quando a área calva não é muito extensa.

Além disso, a técnica é uma boa alternativa para quem não tem tanta elasticidade na pele da área doadora ou para quem tem tendência ao alargamento de cicatrizes. Caso o paciente queira usar um corte mais curto, não precisará se preocupar com marcas de cirurgia.

Uma das vantagens da FUE é que ela não deixa cicatrizes visíveis. No transplante dos folículos, o punch deixa microcicatrizes puntiformes, que são cobertas com o crescimento do cabelo. As marcas são tão pequenas que ficam imperceptíveis a olho nu.

Outra vantagem é que ela permite a retirada de fios de outras partes do corpo, o que possibilita mais variedade de áreas doadoras (que você vai entender melhor no tópico seguinte).

Um detalhe que compromete a escolha da FUE é que a técnica exige que os fios sejam raspados. Caso o paciente se incomode muito, o cirurgião pode raspar apenas da área doadora, mas o mais comum é raspar os fios por completo.

A calvície está avançada. O que fazer para ter uma linha frontal natural?

Quando a calvície chega a um estágio muito avançado, os folículos da área doadora do couro cabeludo podem não ser suficientes para que o cirurgião consiga cobrir toda a rarefação. Para que tudo dê certo, há duas alternativas:

Combinação das técnicas

Como dito, a técnica FUE é mais voltada para início de calvície, enquanto a FUT permite uma retirada maior de fios. Contudo, o cirurgião dificilmente vai tirar duas faixas de couro cabeludo — além de gerar uma nova cicatriz, pode comprometer a mobilidade da região.

A combinação das duas técnicas permite que o cirurgião aproveite ao máximo a área doadora sem deixar rarefações ou cicatrizes em demasia.

Áreas doadoras pelo corpo

Não é possível contar com um segundo doador para o transplante capilar. As chances de rejeição são enormes e o paciente precisaria tomar remédios por toda a vida, o que compromete seu bem-estar.  

Então, o que fazer para não comprometer a naturalidade ou deixar o transplante capilar “ralo”? O cirurgião utiliza outras regiões do corpo como áreas doadoras. Tórax, barba, abdome e até pelos pubianos podem ser usados. O nome da técnica é body hair transplant (BHT), que utiliza o método FUE de retirada dos fios para não formar cicatrizes nas áreas doadoras fora do couro cabeludo.

Como é de se imaginar, os fios mudam muito de uma região para outra. A espessura do fio da barba não é a mesma que a do cabelo ou do fio da perna, por exemplo. Quando o cirurgião utiliza a BHT, os folículos do couro cabeludo são utilizados para a linha frontal, enquanto os do corpo ficam na parte central para dar volume ao cabelo.

É preciso estar ciente, porém, de que a disponibilidade de fios pode não ser suficiente para suprir a calvície. Portanto, quanto mais cedo o paciente conversar com o cirurgião, mais chances tem de resolver o problema.

Como visto, a linha frontal é um dos detalhes mais importantes do transplante capilar. Ela vai mostrar a naturalidade da cirurgia, além de influenciar diretamente na percepção da face do indivíduo. E se você deseja passar pela cirurgia, não se preocupe: a Clínica Mauad traz experiência de décadas de procedimentos bem sucedidos.

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