Reverter as falhas da calvície é o sonho de muita gente. Contudo, a falta de oportunidade — financeira, pessoal e profissional — não permite que os cuidados aconteçam no início da idade adulta. Mas será que fazer transplante capilar aos 60 anos ou depois ainda vale a pena?
Neste texto, vamos entender como o transplante capilar funciona e se ele é recomendado para pacientes com mais de 60 anos. Continue a leitura:
Table of Contents
O que é transplante capilar?
É um procedimento em que o cirurgião plástico coloca folículos capilares em regiões calvas do couro cabeludo. Nessa cirurgia, o profissional utiliza apenas folículos saudáveis, que não tenham nenhuma predisposição genética à alopecia androgenética (nome clínico da calvície) ou estejam enfraquecidos por outro tipo de patologia.
O transplante capilar é a única cirurgia capaz de devolver cabelo a regiões onde o fio não cresce mais, pois os folículos ali presentes já se fecharam por completo. Com a cirurgia, o profissional redistribui os fios da área doadora (que não sofre com a alopecia) pelo couro cabeludo. Por isso, é essencial que haja uma combinação com o tratamento preventivo para um resultado eficaz e duradouro.
A partir dos 50 anos, a probabilidade de que a calvície apareça aumenta em 10% a cada década. Por exemplo: 60% dos homens com mais de 60 anos têm perda acentuada dos fios. Embora não seja tão comum, houve um aumento da procura pelo transplante capilar entre o público idoso.
Recentemente, saiu na revista QG a reportagem com um homem de 80 anos que passou pelo transplante capilar. O resultado, natural e satisfatório de acordo com as possibilidades do couro cabeludo, deixou o paciente tão satisfeito que seu único arrependimento foi não ter passado antes pelo procedimento
Quando fazer o transplante capilar?
O transplante capilar deve ser feito quando a região estiver com a calvície estável, ou seja, sem uma queda recorrente. Os folículos da região receptora não devem ser mais capazes de produzir fios.
É fundamental que o paciente esteja bem de saúde para passar pelo procedimento. Além disso, ele deve ter uma região doadora suficiente para cobrir as falhas.
A estabilidade é fundamental para que o paciente passe pelo transplante capilar. Isso costuma acontecer por volta dos 35 anos. Por isso, muitos especialistas preferem operar apenas pacientes com mais de 30/35 anos.
Quando o cirurgião faz o transplante, ele planeja a distribuição dos folículos pelas áreas calvas e, dessa forma, tem uma estimativa de quantos são necessários para a cobertura homogênea do couro cabeludo. Portanto, o tratamento preventivo é imprescindível pois, além de tratar a calvície e retardar o sumiço dos fios, ele evita que novas falhas apareçam logo após o transplante capilar.
Vale a pena fazer transplante capilar aos 60 anos?
Sim, vale, principalmente se o paciente tiver um bom histórico capilar — uma área doadora capaz de cobrir a região calva, além de folículos fortes e saudáveis.
Ao fazer o transplante capilar a partir dos 60, a calvície estará mais estabilizada se o paciente já estiver fazendo tratamento preventivo há algum tempo. Afinal, quanto mais velho o indivíduo fica, maior a manifestação do problema.
O transplante capilar traz risco aos 60 anos?
Não. O transplante capilar é uma cirurgia de baixo risco por ser minimamente invasivo. Quando a técnica utilizada é a FUE (que você vai entender melhor ainda neste texto), o procedimento é ainda mais superficial já que não há cortes, e sim micropunções para retirar os folículos.
Independentemente da técnica, o procedimento é feito com anestesia local sob sedação.
Para que o paciente possa passar pela cirurgia, ele precisa estar bem de saúde. Por isso, o médico vai solicitar uma série de exames que comprovem que ele está apto a fazer o transplante.
Se estiver tudo sob controle, a cirurgia será feita tranquilamente.
Como é o resultado do transplante capilar aos 60 anos?
Como o paciente é mais velho, os fios terão textura e aspecto diferentes de um cabelo jovem. Contudo, não há nenhum dado que aponte que os resultados são menos satisfatórios na idade mais avançada. Se a calvície estiver estabilizada e o paciente procurar por um profissional especializado, as chances de que o procedimento seja bem-sucedido são altíssimas.
Mulheres com mais de 60 anos podem fazer transplante capilar?
Sim, o transplante capilar independe de sexo. Contudo, a alopecia androgenética se manifesta de maneiras diferentes: enquanto o homem tem entradas e falhas definidas, na mulher a rarefação costuma acontecer da linha central do couro cabeludo. O resultado é mais conjunto: enquanto a linha fica mais larga, o cabelo nas laterais perde densidade e volume.
Da mesma forma que o paciente masculino, a mulher vai passar por uma série de exames para ter certeza de que pode passar pelo procedimento. O mais importante é ter uma boa condição de saúde e, principalmente, não sofrer com problemas de pele que possam atrapalhar a cicatrização.
O cabelo branco pode ser transplantado?
Assim como qualquer tipo de fio, o cabelo grisalho pode ser transplantado tranquilamente. O importante é que o folículo capilar seja saudável, sem a predisposição genética para a alopecia androgenética.
É importante lembrar que o cabelo transplantado mantém suas características originais. Se o folículo produz fios brancos na área doadora, ele continuará produzindo fios brancos depois de transplantado.
Como é feito o transplante capilar?
Existem duas principais técnicas para transplante capilar:
FUT
Follicular Unit Transplantation (FUT) é a técnica na qual o cirurgião retira uma faixa de couro cabeludo, separa os folículos e os transplanta nas áreas calvas. Depois, ele sutura a área doadora, formando uma cicatriz linear. A marca da cirurgia é coberta pelos fios ao redor.
Ao contrário do que se pode imaginar, a cicatriz da cirurgia não é uma marca chamativa. No geral, é apenas uma fina linha de calvície no couro cabeludo, já que os folículos foram retirados e, portanto, não há como produzir novos fios na região. E como já dito, a marca fica completamente coberta quando os fios ao redor crescem.
Apesar de ser mais antiga, a técnica FUT não é obsoleta. Ela permite uma retirada muito maior de folículos capilares, é mais rápida (já que todos os folículos são retirados de uma vez só) e não exige a raspagem dos fios. Por isso, é ideal para mulheres, que costumam ter mais dificuldade em raspar o couro cabeludo por completo.
FUE
Mais recente, a Follicular Unit Extraction (FUE) ganha bastante destaque por não deixar nenhuma cicatriz visível. Para que isso aconteça, o cirurgião não remove uma faixa de couro cabeludo. Aqui, ele retira folículo por folículo numa técnica minuciosa.
Para que não haja falhas, o profissional faz um mapeamento do couro cabeludo. No geral, a ordem é retirar um folículo a cada cinco. Assim, o transplante fica praticamente imperceptível.
A retirada é feita com um punch, que tem uma ponta circular onde o folículo é encaixado. Seu diâmetro é minúsculo, o que permite que qualquer marca se torne praticamente imperceptível após a cicatrização.
A técnica FUE é mais demorada, já que o cirurgião precisa retirar folículo por folículo do couro cabeludo do paciente. Além disso, é mais recomendada para calvícies menores, já que aproveita menos da região doadora.
Quem tem menos de 30 anos pode fazer transplante capilar?
Pode, mas depende dos casos. Quando falamos de alopecia androgenética, é preciso esperar a calvície se estabilizar, e isso costuma acontecer após os 30 anos. Contudo, há pacientes que começam a perder os fios logo depois da adolescência, e isso acaba se transformando em um trauma. Por isso, o cirurgião pode abrir mão dessa regra e, pelo bem da autoestima do paciente, fazer a cirurgia antes da faixa etária prevista.
Outro fator importante é que o transplante capilar não é feito apenas em casos de calvície. Por exemplo: se o indivíduo tem uma cicatriz na região da barba que o incomoda, ela pode ser coberta com a inserção de folículos capilares nela. A cirurgia também é adequada para quem sofre de alopecia de tração, ou seja, da perda de fios pela tração excessiva e prolongada em uma determinada região do couro cabeludo.
É possível utilizar folículos capilares de outras pessoas?
Não, pois o folículo de outro doador seria interpretado como um “corpo estranho” pelo sistema imunológico do paciente. Com isso, a região operada seria “atacada” constantemente, o que obrigaria o indivíduo a utilizar antibióticos pelo resto da vida.
O transplante feito com folículos doados por terceiros traz mais prejuízos do que benefícios ao indivíduo. Portanto, não é adotada pela medicina.
Quanto tempo demora para o transplante mostrar resultados?
O resultado completo do transplante capilar aparece após 12 meses da cirurgia. Contudo, os primeiros fios crescem depois de três meses.
Como visto, a cirurgia aos 60 não apenas é possível, como também proporciona resultados muito satisfatórios. Antes de qualquer procedimento, o médico vai avaliar como está sua saúde e, se tudo estiver de acordo com o desejado, poderá fazer a cirurgia sem preocupações.
Se você tem uma idade mais avançada, mas não quer mais ter calvície, precisa conhecer a Clínica Mauad. Com décadas de experiência e uma equipe médica especializada, você vai falar com profissionais que entendem suas necessidades e respeitam os limites do seu corpo. Marque sua consulta!