O que é hairline no transplante capilar?

Quando se fala em calvície, os primeiros sinais para identificá-la costumam surgir logo na linha frontal. A testa começa a parecer mais alta, as entradas ficam mais evidentes. Por isso, quando o paciente vai ao consultório, a primeira preocupação é em redesenhar a hairline.

Será que é possível ter um resultado satisfatório com transplante capilar? O que fazer para que a hairline pareça natural, como se não tivesse passado por um procedimento do tipo? Entenda como funciona:

O que é hairline?

É a linha frontal, que contorna o rosto e impacta até mesmo na expressão do indivíduo. Por isso mesmo, é considerada a assinatura do cirurgião responsável pelo transplante capilar, já que funciona como uma espécie de “moldura” para o rosto. Uma linha muito distante das sobrancelhas, por exemplo, pode tanto dar a impressão de um indivíduo mais velho quanto de personalidade forte — tudo depende de como esse trabalho é feito.

Por que a hairline é tão importante no transplante?

Em grande parte dos casos de alopecia androgenética (conhecida popularmente como calvície), os primeiros sinais de seu surgimento se manifestam com o distanciamento da linha frontal em relação às sobrancelhas ou com as “entradas” laterais. Portanto, no transplante capilar, é preciso se dedicar a esse redesenho para proporcionar um resultado mais natural.

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Outro fator importante é que a hairline será fundamental para passar naturalidade no resultado final do transplante. Quando bem-feita, há uma transição harmoniosa entre o final da testa e o início do couro cabeludo. Além disso, sua densidade não será maior ou menor do que o necessário para disfarçar a calvície. O essencial é que todo o cabelo tenha um aspecto natural, com equilíbrio de distribuição dos folículos.

Zona de transição

Quando um indivíduo vai fazer um transplante capilar, pode até achar que a hairline precisa ser extremamente densa, em que mal dá para ver algum resquício do couro cabeludo. Contudo, quando vamos analisar alguém que nunca passou pelo procedimento, mas também não sofre de calvície, notaremos que não é bem assim que funciona: há uma transição entre a testa totalmente lisa e o cabelo mais denso.

A densidade só aparece mesmo a partir da quinta ou sexta linhas da frente. Nas primeiras linhas, o couro cabeludo é mais ralo. Essa região mais fina da hairline se chama zona de transição e mede entre 7 mm e 1 cm.

Além disso, o desenho das primeiras linhas não é reto; há irregularidade e um formato levemente triangular. Tanto profissional quanto paciente devem estar cientes de que a natureza capilar tem essa assimetria; a hairline não é uma linha reta.

Por fim, os fios frontais são mais finos e delicados, com o aspecto semelhante ao de uma penugem. 

Só quem sofre de calvície pode refazer a hairline?

Não. Acredite se quiser: quem não sofre de alopecia androgenética também pode redesenhar a linha frontal. Pessoas que têm testa grande e desejam diminuí-la podem passar pelo transplante capilar apenas para recriar a hairline. Novamente, é preciso que o cirurgião tenha cuidado para que o resultado não fique artificial.

Quais fios podem ser utilizados na linha frontal?

Nos casos de alopecia androgenética, os bulbos capilares contam com receptores de DHT, uma versão potencializada da testosterona. Quando o hormônio se liga ao folículo, impede que os nutrientes trazidos pelo sangue cheguem até ele. Com o tempo, os fios vão ficando cada vez mais fracos, até que o folículo se fecha e “morre”.

Então, como o transplante capilar é feito? Há uma faixa capilar, que compreende as orelhas e pouco acima da nuca, que não sofre com a ligação dos folículos com o DHT. Com isso, mesmo que a calvície avance, eles continuam crescendo. Serão essas unidades foliculares (UF) que serão transplantadas para as áreas calvas.

Nos casos em que a calvície está muito avançada, provavelmente os fios dessa linha imune à calvície não serão suficientes para cobrir toda a área rarefeita. Para ajudar nesse problema, o cirurgião pode utilizar a técnica body hair transplant ou transplante de cabelo corporal, em que são retiradas unidades capilares de outras áreas do corpo.

É preciso se lembrar, porém, que os fios corporais têm texturas e espessuras diferentes. Por isso, a técnica só é utilizada em casos muito extremos. Na hairline, contudo, o cirurgião sempre deve dar preferência às UF do couro cabeludo para que o resultado fique mais natural.

Como é feita uma hairline natural?

Para que um cirurgião consiga um efeito natural, precisa estar atento a alguns detalhes:

  • estabilização da calvície: a alopecia do paciente precisa estar estabilizada e, de preferência, tratada. Com isso, a queda estará controlada e o profissional poderá ter uma ideia de como fazer o balanço entre a área doadora e a receptora;
  • histórico do paciente: quando um cirurgião faz um transplante capilar e sua hairline, precisa levar em consideração não apenas como a alopecia está agora, mas também como ela provavelmente se comportará daqui a 10 ou 20 anos. Por isso, além do tratamento e da estabilização, é preciso analisar o histórico familiar para ter fazer uma estimativa e, consequentemente, a melhor distribuição de unidades capilares;
  • unidades foliculares podem ter de um a quatro fios. Porém, as primeiras linhas da frente (da primeira a quinta) devem obrigatoriamente ter apenas um fio;
  • a partir da sexta linha, a densidade deve aumentar gradativamente. O cirurgião, portanto, vai começar a usar UFs com dois ou três fios, que vai proporcionar uma transição em degradê;
  • essa transição deve ser feita de maneira irregular para reproduzir ao máximo um resultado natural.

Como visto, o cuidado com a hairline é fundamental para um bom resultado. Porém, é preciso contar com profissionais experientes, que vão fazer o transplante mais adequado ao seu couro cabeludo. Entre em contato com a Clínica Mauad e faça uma avaliação.

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