9 mitos e verdades sobre transplante capilar

Na internet, há muitas crendices espalhadas como verdades. Você provavelmente já viu muitas receitas caseiras para evitar ou reverter a calvície; também já deve ter lido algo sobre como a cirurgia de transplante traz resultados artificiais. Conhecer os mitos e verdades sobre transplante capilar ajuda o paciente a fazer a cirurgia com mais segurança e confiança.

Um indivíduo informado perde menos tempo com “fake news” e investe naquilo que realmente traz resultados. Por isso, neste texto você vai conferir 9 mitos e verdades sobre transplante capilar. Confira:

9 mitos e verdades sobre transplante capilar

A cirurgia é feita com fios artificiais? As técnicas são arcaicas? As cicatrizes são grandes? Entenda o que é real e o que é fake quando o assunto é transplante dos fios:

1. Calvície é causada pela queda de cabelo

Mito. A alopecia é a grande causadora do desaparecimento dos fios. Há diversos tipos, mas a androgenética — popularmente conhecida como calvície — é, na verdade, um problema genético causado pela testosterona. Por isso, homens são muito mais suscetíveis a essa perda.

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Quando a testosterona é sintetizada pela enzima 5-alfarredutase, transforma-se em dihidrotestosterona (DHT), uma versão muito mais potente do hormônio. Embora esteja presente em homens e mulheres, a DHT é responsável pelas características masculinas, como pelos na barba e no restante do corpo, voz mais grave e ganho de massa muscular.

O problema é que algumas regiões do couro cabeludo são hipersensíveis ao DHT. Os folículos contam com receptores do hormônio que, quando se acoplam, fazem com que eles atrofiem, além de impedirem que o sangue (que carrega nutrientes), chegue até eles. Então, os fios produzidos vão se afinando até que o folículo piloso se feche de vez.

2. Os fios transplantados podem cair

Mito. Esse, aliás, é um dos mitos e verdades sobre transplante capilar que mais geram dúvidas. Afinal, a cirurgia é um investimento, portanto há esse temor de que não valha a pena.

Como dito, quem sofre de calvície tem folículos pilosos com receptores de DHT. No entanto, essa hipersensibilidade não ocorre em todo o couro cabeludo. Os fios da laterais e da região inferior, pouco acima da nuca, não têm receptores suficientes para sofrer com a queda. Portanto, o médico só faz o transplante dessas unidades, fazendo uma redistribuição dos fios. 

Cada unidade capilar pode produzir até quatro fios de cabelo.

3. É possível fazer correção de transplante

Verdade. Se o paciente passou por um transplante capilar anterior e não gostou do resultado (o desenho da testa não ficou do agrado, por exemplo), o cirurgião pode fazer a remoção dos folículos e redensificar o couro cabeludo. 

Outro exemplo interessante é quando o paciente tem alguma cicatriz no couro cabeludo e deseja cobri-la. Da mesma forma, o cirurgião remove folículos de outras regiões para a área com a marca.

4. Quanto mais cedo se realizar o transplante, melhor

Mito. O transplante funciona melhor quando o padrão de calvície já está estabilizado — por volta dos 30, 35 anos. Por isso, o planejamento do transplante é mais seguro: o médico e o paciente saberão quais áreas precisam ser cobertas.

Além disso, o processo de cicatrização em pacientes mais velhos é mais fácil, porque já não há tanta produção de colágeno. Com isso, as marcas ficam ainda mais invisíveis.

5. O resultado é artificial

Mito. Diferentemente do que ocorre com o implante capilar, que utiliza fios sintéticos, o transplante capilar é feito com fios naturais, do próprio paciente. O que o cirurgião faz é uma distribuição mais homogênea das unidades capilares no couro cabeludo, dando a ilusão de que há mais cabelo na região, mas, no geral, é a mesma quantidade.

O problema, no entanto, pode estar no cirurgião responsável. Se ele não fizer um redesenho natural do couro cabeludo, o resultado pode ficar desagradável. Mas quanto aos fios, são sempre naturais.

6. O cirurgião pode utilizar fios de outras pessoas

Mito. O transplante capilar só utiliza fios do corpo do próprio paciente. Por isso, o risco de rejeição é praticamente nulo, já que não há um organismo “invasor” sendo implantado.

Se o cirurgião utilizasse unidades capilares de uma terceira pessoa — o que seria até possível —, os efeitos colaterais que os medicamentos contra rejeição causariam não justificariam o transplante.

7. As técnicas de transplante capilar são igualmente modernas

Verdade. Algumas pessoas tendem a achar que a técnica FUE, por ter vindo depois da FUT, é mais moderna. No entanto, as duas utilizam equipamentos de tecnologia avançada para a sua realização.

A Follicular Unit Transplantation (FUT) é a técnica em que o cirurgião tira uma faixa de folículos capilares da região que não sofre de alopecia androgenética. Depois, ele separa essas unidades e as redistribui no couro cabeludo. A grande vantagem é que o profissional consegue uma quantidade significativa de unidades capilares de uma vez só. A cicatriz é fina e é coberta pelos fios ao redor. 

Já com a técnica Follicular Unit Extraction (FUE) não há cicatriz linear. Quando os folículos são retirados e transplantados, o couro cabeludo forma pequenas crostas puntiformes, que costumam cair em 10 dias de pós-opeartório do transplante capilar. As microcicatrizes, então, serão cobertas com o crescimento dos fios. É ideal para quem tem uma calvície de menor proporção.

8. A técnica FUT deixa uma grande cicatriz

Mito. Quando a técnica começou a se popularizar, lá pela década de 1950, a tecnologia ainda não possibilitava um resultado muito natural. Doutor Norman Orentreich, pai do transplante capilar moderno, fazia punchs de 2,5 mm a 4 mm e transplantava para a área doadora. Ele, aliás, foi quem descobriu que os folículos mantinham, na região transplantada, as mesmas características de quando ainda faziam parte da região doadora. 

Com o avanço do tempo, os médicos estudiosos descobriram que punchs menores proporcionavam um resultado mais natural. Atualmente, com a técnica tricofítica, a sutura é feita em 3 níveis, evitando que a cicatriz se alargue. Além disso, a linha cicatricial costuma ser de apenas 1 mm.

9. É possível retirar fios de outras partes do corpo

Verdade. Geralmente, o transplante capilar é feito com fios do próprio couro cabeludo. Mas, dependendo do avanço da calvície, o cirurgião pode sim utilizar folículos de outras parte dos do corpo, como a barba. A técnica, conhecida como body hair transplant (BHT), é mais rara, pois os fios do corpo costumam ter texturas diferentes.

Como visto, há uma série de mitos e verdades sobre transplante capilar — a maior parte delas é apenas mito. Porém, uma delas é bastante popular, mas não foi abordada neste texto: shampoo para calvície realmente funciona? Confira a resposta no texto.

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