Área capilar doadora: 12 dúvidas que todo mundo tem

Um transplante capilar só é possível se existir uma área doadora. Porém, como o próprio paciente é o doador, é comum que o paciente tenha muitas dúvidas nesse caso. Será que o cabelo ainda existente é capaz de cobrir a região calva? Por que não é possível que outra pessoa doe os folículos capilares? E, principalmente: o cabelo transplantado não vai cair com o passar dos anos?

O transplante capilar é uma cirurgia segura, de rápida recuperação e com excelentes resultados. Contudo, é preciso que o paciente vá para a cirurgia seguro sobre a escolha que fez. 

Veja agora 12 dúvidas sobre área capilar doadora que você não pode deixar de saber antes de passar pelo procedimento:

12 dúvidas sobre área doadora que você e todo mundo têm

Veja o que você precisa saber antes de passar pelo procedimento:

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1. O que é área doadora?

É a área do couro cabeludo de onde o cirurgião vai remover as unidades capilares que vão “repovoar” a região calva.

No geral, o paciente que procura pelo transplante capilar sofre de alopecia androgenética — a popular calvície. Nesse caso, os fios não caem, e sim sofrem um afinamento contínuo, até que os folículos percam a capacidade de produção por completo.

Esse problema acomete principalmente os homens, já que sua base vem da transformação da testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), uma versão mais potente do esteróide. Quando o indivíduo tem predisposição à calvície, a DHT se liga aos receptores nas células dos folículos pilosos, impedindo que o sangue leve nutrientes para os fios. 

As pessoas predispostas à calvície têm mais receptores no topo do couro cabeludo. É por isso que os primeiros sinais costumam ser as entradas e o aumento da testa.

2. Os fios da área doadora podem cair ou sumir?

Essa é uma das principais dúvidas sobre a área doadora. Afinal, se os folículos transplantados são do próprio paciente portador de calvície, qual a garantia de que eles não vão parar de produzir fios ao longo do tempo? 

Pode acreditar: os folículos transplantados não param de produzir fios. Isso só poderia acontecer se o paciente sofresse alguma tração ou trauma muito forte na região pós-transplante. Caso contrário, o cabelo continuará crescendo saudável.

Décadas atrás, descobriu-se que alguns folículos não sofriam com a DHT. Por isso é tão comum notar alguns calvos que mantêm o cabelo nas laterais e na parte posterior do couro cabeludo. É essa a famosa área doadora, de onde o cirurgião vai tirar os folículos para o transplante capilar.

3. A área doadora fica apenas no couro cabeludo?

No geral, sim. Contudo, outras áreas também podem doar unidades capilares.

A predominância da área doadora no couro cabeludo ocorre porque o transplante capilar visa ao resultado mais natural possível. Quando passamos para outras áreas do corpo — tórax, barba e até região pubiana —, a textura, o potencial de crescimento e a espessura mudam muito. 

Quando o cirurgião retira unidades foliculares de outra região do corpo, a técnica utilizada é a FUE.

4. A área doadora pode ser de outro indivíduo que não o paciente?

Não. Uma das grandes vantagens do transplante capilar é que, como os folículos são retirados do próprio paciente, o grau de rejeição pelo organismo é praticamente nulo. 

Já quando usamos um outro doador, as chances de rejeição são enormes. Para “segurar” o resultado da operação, o paciente teria que tomar uma série de antibióticos pelo resto da vida — o que, no fim das contas, não compensaria. 

A medicina sempre deve prezar pelo melhor para o paciente. Portanto, usar o próprio paciente como doador evita uma série de complicações.

5. O cabelo volta a crescer na região em que os folículos foram retirados?

Não. Quem produz o cabelo é o folículo capilar. A partir do momento em que ele é retirado, o local não é mais capaz de desenvolver cabelo.

Você pode pensar, então, que o transplante capilar vai cobrir uma área calva e criar outra. Porém, não é assim que funciona. Para entender como a área capilar doadora se vai ficar, é preciso conhecer os dois principais tipos de transplante capilar da atualidade:

FUT (Follicular Unit Transplantation)

Nesta cirurgia, o profissional retira uma extensão de pele do couro cabeludo de 1 cm de altura por 30 cm de comprimento. Ideal para pessoas com calvície mais extensa, a técnica permite uma retirada maior de folículos de uma vez só.

A diferença aqui é que a FUT deixa uma cicatriz linear. Porém, os cabelos crescidos cobrem a marca da cirurgia. 

FUE (Follicular Unit Extraction)

A FUE é a retirada de folículo por folículo utilizando um punch. Dessa forma, a área doadora não fica com cicatrizes visíveis. Para que a região não fique rala, é comum que o cirurgião use a técnica de uma extração a cada cinco folículos. Assim, a remoção fica homogênea e a perda de densidade é praticamente imperceptível.

Como visto, o transplante capilar não deixa novas áreas calvas na área doadora. Portanto, você pode ir para a cirurgia sem medo de que isso aconteça.

6. Todo paciente tem área capilar doadora?

Se o paciente sofre de alopecia androgenética, é bem provável que ele tenha sim uma área doadora, já que, como visto, uma boa porcentagem dos fios não conta com a predisposição genética para o problema. Quem sofreu com alopecia de tração também pode ter uma área doadora capaz de cobrir as falhas, mas é preciso passar por uma avaliação médica para ter certeza.

Quem tem alopecia areata, porém, não conta com área doadora. Como a condição é imprevisível, não dá para saber quais folículos serão afetados.

7. É preciso parar o tratamento preventivo antes do transplante?

Não. No geral, o cirurgião espera a calvície se estabilizar para marcar uma cirurgia. Isso porque ele precisa ter certeza de que a área doadora do couro cabeludo será suficiente para cobrir as falhas. Afinal, se o paciente perceber que surgiram falhas em pouco tempo, vai achar que a cirurgia não deu certo.

O tratamento preventivo com fármacos evita o enfraquecimento dos fios com predisposição à alopecia. Com isso, menos folículos são retirados da área doadora. 

8. É preciso continuar com o tratamento depois do transplante?

Sim. É fundamental que o tratamento continue para que o resultado do transplante capilar seja satisfatório por mais tempo. Se isso não acontecer, as áreas cobertas com o transplante continuarão com os fios crescendo, mas novos “buracos” podem surgir, deixando o couro cabeludo com falhas.
Quando falamos de dudasterida/finasterida, estamos nos referindo a um tratamento que diminui o excesso da 5-alfarredutase, enzima que converte a testosterona em DHT. Portanto, as chances de evitar novas falhas no cabelo são altíssimas.

É preciso ter ciência de que o tratamento preventivo não traz a certeza absoluta de que o cabelo não vai cair. O corpo humano, principalmente no envelhecimento, pode ser imprevisível com relação a isso. Contudo, os fármacos e vitaminas diminuem ou retardam muito o sumiço dos fios. 

9. As áreas doadora e receptora doem depois do transplante?

Geralmente, não. A cirurgia é feita sob anestesia local e sedação, que evita que o paciente fique agitado depois de horas de cirurgia (uma sessão pode chegar a oito horas). Além disso, é feita por um cirurgião altamente treinado. No máximo, o paciente pode sentir algum incômodo, que passa em poucos dias e pode ser diminuído com o uso de analgésicos receitados pelo médico.

10. Depois da técnica FUT, a área capilar doadora fica “repuxando” depois do transplante capilar?

Não. O médico-cirurgião não pode fazer uma retirada de pele que comprometa a movimentação da pele do couro cabeludo. Se isso acontecer, é provável que o profissional tenha errado, mas isso não é o correto no transplante capilar.

11. É possível usar as duas técnicas na área doadora?

Sim. O cirurgião vai decidir qual a técnica mais adequada para o caso do paciente. Porém, casos de calvície mais avançada podem exigir a combinação de FUT e FUE para o aproveitamento máximo da área doadora. O importante é não remover mais unidades foliculares do que a região pode suportar. 

Quando o cirurgião removeu o máximo de folículos possível e mesmo assim percebeu que a quantidade não é suficiente para cobrir a área calva, ele vai explorar outras regiões do corpo.

Para que o resultado fique natural, os folículos do couro cabeludo são transplantados para testa, entrada e bordas. Já os retirados de outras partes do corpo são misturados e utilizados principalmente nas áreas centrais para dar mais volume.

12. É necessário realizar mais de uma sessão de transplante?

Depende da extensão da calvície, da área doadora disponível, da técnica utilizada e do planejamento feito pelo cirurgião. Somente ele poderá avaliar se será necessário passar pelo procedimento mais de uma vez. 

Viu como a área capilar doadora se mantém preservada mesmo após o transplante capilar? Com profissionais sérios e comprometidos com o bem-estar do paciente, é possível ter um resultado bem-sucedido e duradouro.

Se você deseja passar pelo transplante capilar, conte com as décadas de experiência e sucesso da Clínica Mauad. Entre em contato e marque sua consulta!

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