Qual a melhor idade para o transplante capilar?

Quando o assunto é queda de cabelo, uma pergunta frequente nos consultórios especializados é: qual a idade para fazer transplante capilar? Afinal, realmente existe um período certo? Afinal, dependendo do fator motivador da queda, um fármaco ou até mesmo uma mudança na alimentação pode resolver.

Antes de tudo, é necessário entender que nenhum transplante capilar é feito sem exames prévios. O cirurgião precisa saber qual o problema que está causando a queda dos fios para ter certeza de que a cirurgia é a melhor e mais efetiva solução. Afinal, a satisfação do paciente é o objetivo real de uma clínica do tipo.

Então, se o adolescente percebeu os primeiros sinais de sumiço dos fios, ele deve já se interessar pelo transplante? Com qual médico o indivíduo deve falar primeiro? Confira a resposta e descubra qual a idade ideal para o transplante capilar.

Qual a melhor idade para o transplante capilar?

Não há um consenso, pois existem muitas variantes quando falamos de calvície.

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Alguns especialistas dizem que o ideal é esperar até os 30 anos, pelo menos, pois a alopecia androgenética teoricamente se estabiliza entre os 35 e os 45 anos. Contudo, alguns indivíduos podem sofrer com o avanço da calvície nesse período. Quanto mais jovem o indivíduo, maior a probabilidade de que ele tenha sua autoestima abalada com o avanço da calvície — que, no senso-comum, é sinal de envelhecimento.

Além do mais, a tecnologia permitiu resultados muito mais naturais, já que o transplante capilar é feito com enxertos de pelos do próprio paciente e as cicatrizes são cobertas pelo crescimento do próprio cabelo. Dessa forma, há o interesse de um público mais jovem para esse tipo de cirurgia. Por esses motivos, a faixa etária dos pacientes tem diminuído com o passar dos anos.

Alguns médicos, porém, operam o paciente ainda jovem — a partir dos 19 anos, mais ou menos. Isso, porém, não é regra, já que a calvície precisa ter uma certa estabilização para que não se formem “ilhas” de cabelo, ou seja, “tufos” capilares em meio a rarefações.

Além disso, é preciso passar por uma triagem para entender como está a saúde, qual a razão por trás da calvície (quem sofre de alopecia areata, por exemplo, não pode passar pelo transplante) e se o paciente está ciente de que precisa continuar o tratamento clínico após passar pela cirurgia, justamente para não deixar que o transplante seja intercalado por falhas.

Saúde física e mental

É preciso lembrar que apenas indivíduos com mais de 18 anos e saudáveis podem passar pelo transplante. Para garantir que tudo está de acordo e o indivíduo pode fazer a cirurgia, o cirurgião solicitará uma bateria de exames antes. O paciente, portanto, só passa pelo procedimento quando o médico tiver certeza de que ele tem condições físicas para tal.

Outro fator importante é o aspecto mental. Para ter o resultado pleno do transplante capilar, o indivíduo precisará esperar um ano. No primeiro mês, por exemplo, todo o cabelo transplantado vai cair — o que é normal. Contudo, ele pode se sentir frustrado e achar que a cirurgia não deu certo. Entender como é o ciclo dos novos fios durante esse período será fundamental para que ele mantenha a autoestima enquanto espera.

Esgotamento da área doadora

O paciente precisa entender sobre a importância do tratamento clínico não apenas por conta das “ilhas capilares”, mas também porque, por mais que ele possa fazer mais transplantes, haverá um esgotamento da área doadora.

Como visto, há uma faixa de couro cabeludo que não sofre com a predisposição genética à calvície. Dessa forma, os fios não vão cair com o tempo — a não ser que outros fatores, como uma queimadura ou tração, causem lesões permanentes nesses folículos.

O problema é que a faixa é limitada, principalmente para quem sofre com a calvície avançada. Depois de um certo tempo, ela não será suficiente para cobrir toda a extensão do couro cabeludo. Atualmente, há também a técnica body hair (BHT), que retira folículos de outras áreas do corpo (tórax, pescoço, barba, abdome e até mesmo a região pubiana) para colocar no couro cabeludo.

Novamente, é preciso considerar que isso apenas ocorre em casos muito extensos. Outro detalhe importante é que os pelos corporais variam muito de texturas e tamanhos não apenas entre si, mas também em comparação ao cabelo.

Por esses motivos, é muito importante manter o tratamento clínico após o transplante capilar. Ele não apenas vai frear o avanço da calvície, como vai permitir que o cirurgião utilize apenas os fios da área saudável do couro cabeludo para fazer os transplantes.

Altos e baixos da calvície

Um fator importante é que o transplante é o único tratamento para folículos capilares já “mortos”, que não vão mais produzir fios. Então não adianta passar minoxidil esperando que os fios voltem a nascer numa área calva. Apenas a cirurgia fará com que novos fios nasçam por ali, já que o cirurgião colocará unidades capilares saudáveis. 

Em segundo lugar, a calvície não tem cura e sim tratamento. Isso significa que o transplante não fará com que os fios parem de crescer, nem mesmo a dutasterida, por mais potente que seja, interromperá para sempre a queda dos fios. Depois de um período sem tomar o medicamento, o organismo consegue expurgá-lo por completo (por volta de quatro a seis meses sem ingeri-lo) e, consequentemente, o cabelo volta a cair.

Outro fator importante sobre a calvície é que ela pode ter surtos, ou seja, estabilizar-se por muitos anos e, do nada, ter um alto sumiço de fios em um período. Isso não significa que o corpo tenha se “acostumado” com a medicação. Na realidade, não há uma explicação científica sobre esse fato, que é mais comum de acontecer com o passar dos anos. O paciente, no entanto, deve estar ciente de que isso pode acontecer para não interromper o tratamento caso perceba algum surto.

Adolescente pode fazer transplante capilar?

É raro, mas a calvície pode sim começar a se manifestar durante a adolescência.  

O ideal é que espere até os 18 anos, pelo menos. Durante a puberdade, os hormônios ainda estão se regulando. Se o jovem fizer uso de esteroides anabolizantes para acelerar o crescimento na academia, um dos problemas com os quais ele pode sofrer é a aceleração da calvície.

Outro problema com o qual o adolescente pode sofrer é com as já citadas “ilhas” capilares, ou seja, com enxertos capilares feitos com os transplantes intercalados pelas falhas causadas pela queda do cabelo. Portanto, o ideal é esperar pelo menos a chegada da maioridade. Enquanto isso, ele deve investir em tratamentos clínicos para conter o avanço do problema.

Então, o que fazer durante a espera para o transplante?

Enquanto o indivíduo não está na idade para fazer transplante capilar — lembrando que esse conceito varia entre os profissionais —, ele deve investir no tratamento clínico. Ele não só retarda o avanço da calvície, como também acelera sua estabilização. Dessa forma, um indivíduo ainda jovem, mas com a alopecia estabilizada, poderá fazer o procedimento.

Há uma série de tratamentos para evitar a queda capilar. Todos eles são complementares, ou seja, podem ser feitos concomitantemente. Lembrando sempre que eles não substituem o transplante capilar, que resolve as falhas em locais que já não são capazes de produzir novos fios.

Conheça alguns tratamentos para  queda de cabelo:

Finasterida e dutasterida

Os dois medicamentos são bloqueadores da enzima 5-alfa-redutase, responsável por transformar a testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), uma versão consideravelmente mais potente do hormônio. A DHT atua na produção de pelos corporais, mudança de voz e aumento da libido. No entanto, quando em maior número no organismo, torna-se responsável pelo surgimento da alopecia androgenética.

Ao se ligar nos folículos capilares, a DHT impede a chegada de sangue para nutrir e, consequentemente, proporcionar o crescimento dos fios. Com o tempo, o cabelo afina e o folículo “morre”. Nesse estágio, apenas o transplante consegue fazer com que novos fios surjam na região.

A finasterida é a versão mais conhecida e utilizada por quem sofre de calvície. Contudo, a dutasterida consegue ser mais potente e de efeito mais rápido que sua antecessora, segundo estudo divulgado pela revista JAMA Dermatology.

Minoxidil

O minoxidil é uma solução hidro-alcoólica de aplicação tópica, ou seja, nas regiões em que o indivíduo percebe falhas surgindo. Ele funciona como um vasodilatador, aumentando o calibre dos vasos para que o sangue chegue com mais força e intensidade. 

Atualmente, há também o minoxidil de uso oral, em comprimidos, que parece apresentar resultados superiores à aplicação tópica.

É possível solicitar o minoxidil nas concentrações de 2, 3 e 5%. As duas primeiras são mais indicadas para mulheres; a última, para homens.

O minoxidil e a finasterida/dutasterida são considerados procedimentos padrão-ouro no tratamento da calvície.

Outro tratamentos

Além dos citados, existem também outros procedimentos que podem estimular o crescimento capilar. Veja:

  • Microagulhamento:  técnica que utiliza microagulhas que fazem múltiplas pequenas perfurações no tecido;
  • Intradermoterapia: semelhante ao microagulhamento, conta com uma espécie de rolo com microagulhas que, ao passar pelo couro cabeludo, abre diversas perfurações onde serão introduzidas substâncias que impedem a queda dos fios e estimulam seu crescimento;
  • Laser de baixa penetração: tratamento que atua diretamente no couro cabeludo, estimulando as células do folículo capilar e a vasodilatação.

Como visto, não há idade para o transplante capilar, mas é ideal esperar uma certa estabilidade. Além disso, a cirurgia não vai substituir o tratamento, assim como um medicamento não fará com que um novo fio surja em uma área com folículos já mortos. Um tratamento é complementar a outro.

Se você já sofre com a calvície e deseja resolver esse problema de vez, entre em contato com a Clínica Mauad e agende sua consulta.

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