Técnica FUE: 7 vantagens para o paciente

No transplante capilar, há duas formas de fazer a reinserção dos folículos transplantados: com a técnica FUE e a FUT. Mais nova, a FUE tem feito sucesso nos consultórios por seu resultado natural e sem cicatrizes. Mas será que o procedimento realmente vale a pena?

Se você tem notado rarefações, talvez esteja passando pela calvície. Nesse caso, é preciso conversar com o dermatologista ou tricologista para saber qual o melhor tratamento.

Quando os fios param de crescer de vez na região, é hora de partir para o transplante. Descubra agora o que é o transplante FUE e 7 vantagens que ele proporciona ao indivíduo.

Como funciona a técnica FUE?

Follicular Unit Extraction (FUE) — ou transplante de unidade folicular — é a técnica em que os folículos são retirados individualmente de uma região saudável do couro cabeludo, ou seja, que não sofre com a calvície. Esses fios são selecionados e distribuídos com base em um planejamento prévio. Assim, o cirurgião evita que uma região fique mais densa que a outra.

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Quais as vantagens da técnica FUE?

Veja os benefícios que o paciente obtém ao optar por este tipo de transplante capilar.

1. Dura a vida inteira

Assim como outros procedimentos de transplante capilar, a técnica FUE é feita utilizando unidades capilares que não são atingidas pela predisposição genética à calvície. Quem sofre de alopecia androgenética, o tipo mais comum de perda de cabelos no mundo, não precisa se preocupar: há sim uma área no seu couro cabeludo que continua produzindo fios durante a vida inteira. Essa linha compreende as laterais e a parte posterior pouco acima da nuca.

É por esse motivo, portanto, que o indivíduo que passa pelo transplante capilar precisa continuar seu tratamento. Afinal, a técnica FUE resolve as falhas existentes aproveitando o máximo possível as unidades capilares disponíveis, mas não evita que folículos com predisposição à calvície parem de produzir fios.

2. Não deixa falhas na área doadora

Como dito, os folículos capilares são removidos da área doadora, ou seja, uma região não afetada pela calvície. Por ser consideravelmente menor, o paciente pode imaginar que a retirada pode deixar falhas, o que não compensaria. Afinal, a área doadora ficaria rala.

Isso, contudo, não acontece. O cirurgião retira o suficiente para deixar o couro cabeludo visualmente mais equilibrado, mas sem proporcionar novas falhas. 

Há uma regra tácita em que se retira uma unidade capilar a cada cinco. Dessa forma, é possível deixar os folículos mais bem distribuídos sem comprometer a região saudável.

Por fim, cada unidade capilar consegue produzir de um a quatro fios. Depois de removidas, elas serão analisadas para que essa distribuição, por exemplo, não deixe uma área apenas com folículos de quatro fios, enquanto outra recebe produtores de um só fio.

3. Fios do próprio doador

Na internet, “implante” e “transplante” capilar viraram sinônimos. No entanto, o implante capilar costuma se referir ao uso de fios sintéticos para cobrir a área calva do couro cabeludo. Apesar de a tecnologia ter evoluído, o resultado ainda não é tão natural quanto ao de um transplante. Além disso, o paciente é obrigado a manter o mesmo tamanho de corte o tempo inteiro, já que os fios implantados não crescem e, consequentemente, a discrepância no couro cabeludo ficará evidente.

Com a técnica FUE, isso não acontece. Todos os fios transplantados são retirados do couro cabeludo do próprio paciente. Isso traz muito mais liberdade e possibilidades de cortes de cabelo do indivíduo. 

4. Não há rejeição

Toda cirurgia conta com possibilidade de rejeição. Contudo, o transplante capilar só é feito com unidades retiradas do próprio paciente, independentemente se for do couro cabeludo ou de outra parte do corpo. Portanto, as chances de rejeição são praticamente nulas.

5. Sem cicatrizes visíveis

A retirada de unidades capilares e posterior reinserção deixa o couro cabeludo com microcicratrizes puntiformes, ou seja, pequenas marcas em forma de minúsculos pontos. Quando as crostas caem e os fios começam a crescer, elas são cobertas. Contudo, o indivíduo que passar máquina 2 ou até menor pode ficar tranquilo: as cicatrizes não aparecem.

6. Pouco invasiva e com recuperação rápida

As microrretiradas de unidades capilares costumam ser superficiais — a técnica FUE é conhecida como “sem corte”. Portanto, costuma ser pouco invasiva. Além disso, o paciente tem recuperação rápida — recebe alta no mesmo dia — e que exige repouso de apenas 24h. Como é preciso voltar ao consultório para fazer a primeira lavagem, o ideal é deixar um dia de intervalo entre o procedimento e a volta ao trabalho.

É necessário lembrar, no entanto, que os primeiros dias exigem um pouco menos de esforço. O primeiro mês é essencial para a recuperação. Portanto, evite:

  • Lavar os cabelos usando as unhas ou movimentos muito bruscos;
  • Álcool, cigarro e drogas no geral, que atrapalham a cicatrização;
  • Exposição ao sol, mar e piscina;
  • Esportes muito intensos.

O uso dos remédios que já fazem parte da rotina continuará normalmente. Contudo, na hora da anamnese e na conversa pré-cirurgia é essencial relatar todos eles tanto para o cirurgião quanto para o médico anestesista. 

7. Pouca dor

Como dito, a técnica FUE é uma cirurgia pouco invasiva — tanto que não deixa cicatrizes — e potenciais marcas são cobertas pelo crescimento dos fios em si. Contudo, por ser a remoção e reposição de milhares de folículos, há o receio de que o transplante cause dores muito intensas.

Apesar de o conceito de dor variar bastante entre cada paciente, a cirurgia costuma deixar apenas um leve incômodo, que cessa rapidamente. O cirurgião também receitará analgésicos para aliviar potenciais dores de cabeça.

E quais as desvantagens da técnica FUE?

Assim como qualquer cirurgia, a técnica FUE também apresenta seus contras. Apesar de pouquíssimas, o paciente precisa estar ciente para saber qual a melhor escolha para seu caso. Veja:

É preciso raspar a cabeça

Como a retirada das unidades capilares é de maneira unitária, é aconselhável raspar o cabelo no transplante capilar para facilitar a visualização. Assim, o cirurgião consegue tirar mais folículos em menos tempo. 

Já quem não se incomoda em raspar não precisa se preocupar. Como visto, as cicatrizes são praticamente invisíveis após a queda das crostas. 

Indicada para áreas menores

Ao contrário da técnica FUT, que tira uma faixa de couro cabeludo e aproveita ao máximo a área doadora, a FUE retira folículo por folículo, o que não permite uma extensa remoção. De qualquer maneira, é sim possível redistribuir milhares de fios.

Além do mais, quem tem áreas avançadas de calvície não precisa desistir do transplante capilar. Para quem tem muita rarefação, a área FUT é a mais indicada; contudo, é possível combinar as duas técnicas para ter um resultado ainda melhor e aproveitar a área doadora ao máximo.

Por fim, há também o body hair transplant (BHT), que utiliza folículos de outras áreas do corpo (barba, tórax e membros, por exemplo) e também pode ser combinada com a técnica FUE. Porém, seu uso é muito específico, já que o ritmo, o limite de crescimento e a textura do pelo do corpo são completamente diferentes do cabelo. BHT, aliás, é um procedimento feito no estilo FUE, com remoção folículo por folículo.

Para quem a técnica FUE costuma ser indicada?

Veja quais os perfis ideais de paciente para a cirurgia de transplante capilar FUE:

  • Não se importa em raspar a cabeça para fazer o transplante capilar;
  • Ainda tem pouca rarefação — por exemplo, está com entradas avançando, mas ainda tem folículos funcionando na coroa;
  • Deseja corrigir falhas na barba ou qualquer local do corpo que tenha a necessidade de pelos;
  • Quer reparar cicatrizes visíveis no couro cabeludo ocorridas por cirurgias estéticas e queimaduras, por exemplo;
  • Deseja diminuir a testa.

Como é o pós-transplante?

Veja como os fios transplantados se comportam no pós-operatório com o passar dos meses:

24 horas após o procedimento

O couro cabeludo aparenta ter milhares de incisões que formam pequenas crostas onde os fios foram reimplantados. Já na área doadora, se o paciente tiver o cabelo um pouco comprido, os pontos ficarão cobertos; mas se estiver curto, a sutura ficará visível. 

Provavelmente haverá também um edema na testa, devido ao acúmulo de líquido da anestesia local. Recomenda-se que o indivíduo faça compressas com gelo e drenagem com massagem na região.

Sete a dez dias

Boa parte das crostas terá caído e as cicatrizes estarão menos inchadas. Porém, uma leve vermelhidão permanece no local por duas a três semanas. As crostas já terão caído por completo.

Quinze dias

Começam a surgir os primeiros fios transplantados.  

Trinta dias

Todos os fios transplantados caem. Pode ser uma fase difícil para o paciente, mas ele não precisa se preocupar: novos fios estão se desenvolvendo dentro do folículo. 

Além da queda, o couro cabeludo já não apresentará nenhum resquício de cirurgia — no máximo, um leve rubor causado pelo aumento da circulação sanguínea na região.

Três meses

O cabelo começa a crescer por volta de um centímetro por mês.

Seis meses

Mais de 50% dos fios transplantados já aparecem na superfície do couro cabeludo.

Nove meses

O resultado já está próximo do final: os fios estão crescendo e proporcionando um resultado natural de preenchimento das áreas calvas. Contudo, é provável que ainda faltem 20% dos folículos transplantados.

Um ano

O paciente terá o resultado da técnica FUE, com todos os fios transplantados crescidos novamente.

Viu como a técnica FUE traz diversas vantagens ao indivíduo que sofre de alopecia? E se você passa pelo mesmo problema, entre em contato com a Clínica Mauad e marque sua consulta.

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