A calvície estabiliza? Com qual idade?

Conhecida popularmente como calvície, a alopecia androgenética atinge homens e mulheres do mundo inteiro. Acredita-se que 50% da população masculina com 50 anos sofra do problema — isso sem contar, claro, com quem sofre com o sumiço dos fios por outros motivos. Mas será que, em algum momento da vida, a calvície estabiliza?

Pode parecer que tratamentos não valham a pena. Afinal, a calvície é um problema crônico. Contudo, não é bem assim que funciona. Entenda agora se a calvície estabiliza:

Afinal, a calvície estabiliza?

Sim. Ela costuma se estabilizar entre os 35 a 40 anos, pois a calvície costuma evoluir até essa faixa etária. A partir dos 50 anos, mais ou menos, os fios começam a afinar não pela calvície em si, mas pelo envelhecimento. 

É preciso esperar a calvície estabilizar para só depois recorrer ao transplante capilar?

Não necessariamente. Alguns profissionais preferem operar pacientes entre 25 e 30 anos ou mais, pois está mais perto da estabilização do problema. Teoricamente, isso evitaria diferenciações caso os fios continuem caindo. 

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O problema é que pacientes muito jovens podem sofrer com a calvície mais agressiva e, durante esses anos, a queda pode se acentuar bastante. O transplante capilar exige que o indivíduo continue com o tratamento clínico para evitar ou retardar a queda dos fios com predisposição à queda.

O jovem, portanto, pode sim passar pelo transplante capilar. Contudo, deverá passar por uma triagem antes para entender que deverá sim começar ou continuar com o tratamento clínico, senão o resultado ficará desagradável com o passar do tempo. 

E os pacientes idosos?

Não há limite de idade para quem já é idoso. Só é preciso estar com boa saúde e ter uma área doadora considerável para cobrir a região calva.

Em qual grau de calvície se faz o transplante capilar?

É possível fazer o transplante em qualquer grau de calvície, de pequenas entradas a coroas mais avançadas. Contudo, não há consenso entre os cirurgiões. Há quem prefira esperar a estabilização da calvície, enquanto outros acreditam que quanto mais cedo o paciente fizer o transplante aliado ao tratamento clínico, melhor será. Afinal, se a alopecia avançar muito, pode não haver área doadora suficiente para cobrir a região calva. 

Existem remédios que ajudam a estabilizar a calvície?

Sim. O tratamento clínico, aliás, é essencial para um bom resultado do transplante capilar. A alopecia não tem cura, mas controle. Por isso, mesmo com o uso de remédios, muitos vão cair com o tempo. 

Os remédios mais famosos para estabilizar a calvície são:

Finasterida

A alopecia androgenética é causada pela di-hidrotestosterona (DHT), uma versão mais potente da testosterona sintetizada pela proteína 5-alfarredutase. Nos folículos capilares com predisposição à calvície, o hormônio se acopla e impede que os nutrientes cheguem, provocando o afinamento dos fios até que eles sumam e a unidade capilar “morra”.

A finasterida é o inibidor de 5-alfarredutase, o que evita que a testosterona se transforme em DHT — por isso ela é tão eficaz no tratamento da calvície. Hoje existe também a dutasterida, uma versão consideravelmente mais potente que sua irmã mais velha. Segundo estudos, seus resultados são realmente melhores.

Minoxidil

Os nutrientes chegam a qualquer parte do organismo por meio do sangue. O minoxidil atua como um vasodilatador, ou seja, aumentando o calibre dos vasos sanguíneos para que ele circule com mais facilidade. Normalmente, o uso do fármaco para quem sofre de calvície é uma solução hidro-alcoólica de uso tópico, ou seja, aplicada na área que sofre do problema.

A porcentagem também varia conforme o grau de calvície e o sexo: mulheres costumam usar com 2% a 3% de concentração de minoxidil, enquanto homens utilizam 5%.

O minoxidil não substitui a finasterida ou a dutasterida. Normalmente, o uso dos dois é feito em conjunto.

Mulheres podem fazer transplante capilar?

Sim. O transplante capilar independe de sexo. O indivíduo só precisa ter boas condições de saúde e estar apto segundo os critérios do cirurgião responsável. 

Quem não pode fazer transplante capilar?

Há alguns critérios de saúde que impedem o paciente de fazer o transplante, como infarto recente, arritmia cardíaca grave e outras doenças cardíacas em estágio avançado. Patologias autoimunes e alguns tipos de alopecia cicatricial também podem ser impeditivos para a cirurgia.

Fora isso, o único impeditivo é ter uma calvície tão extensa que não haja folículos suficientes na área doadora para cobri-la.

Pacientes com até 70% dos fios estão aptos a passar pelo transplante, pois a faixa de cabelo que não é afetada pela alopecia consegue suprir a rarefação.

Como visto, a calvície estabiliza depois da maturidade. Os fios, porém, podem afinar a partir dos 50 anos — não pela alopecia, mas pelo envelhecimento capilar. Além disso, alguns cirurgiões utilizam um protocolo que leva em consideração a maturidade, enquanto outros podem privilegiar o grau de calvície.

Portanto, pacientes jovens podem passar pelo procedimento. Como não há consenso, leva-se em consideração a experiência do médico e a particularidade do caso antes de se optar pelo procedimento. A adoção do tratamento clínico, porém, é essencial.

Entender se você já está passando pela calvície também é importante para adotar um protocolo de tratamento. Entenda agora como fazer a medição do problema.

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