Como medir a calvície?

Com o passar dos anos, é comum perceber uma diminuição da densidade capilar. Ao perguntar para outras pessoas, no entanto, provavelmente elas vão dizer que é apenas ilusão. Porém, de repente, o que parecia apenas uma impressão dá lugar a uma rarefação bem visível. Então, como medir a calvície de maneira eficaz, sem ficar apenas na dúvida?

O primeiro passo para saber como medir a calvície é procurar por um médico. Só ele é capaz de fazer uma aferição segura, que leva em conta o histórico do paciente, genética e fatores nutricionais para ter certeza de qual problema o paciente pode ter. A partir daí, é possível tirar essa dúvida.

Confira como o médico faz para medir a calvície:

Como medir a calvície: principais escalas

O médico especializado em dermatologia ou tricologia estuda diferentes escalas para medir a calvície. Quando falamos em observação, existem três métodos principais: 

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Escala Norwood-Hamilton

Na década de 1950, o doutor James Hamilton criou a escala com 5 graus de calvície — que, em 1975, foi aprimorada pelo doutor O’Tar T. Norwood, que adicionou dois:

  • Grau I: menos perceptível, é marcado pelas entradas na parte superior da testa, sem a presença de rarefação em outros pontos da cabeça
  • Grau II: ainda pouco perceptível, porém mais notável que o grau I. Caracteriza-se por entradas na parte frontal mais acentuadas, entretanto sem comprometer as demais áreas do couro cabeludo. O paciente já pode começar a pensar na possibilidade de um implante capilar posteriormente
  • Grau III: perda mais acentuada, principalmente na parte superior da testa. Por isso, é o grau decisivo no problema da calvície. Já é possível fazer o transplante capilar, caso o paciente se sinta incomodado com o grau de calvície e, principalmente, se estiver estabilizada 
  • Grau IV: já não há muitos fios próximos à testa, pois o cabelo costuma estar presente apenas na parte superior da cabeça. A rarefação também surge na região conhecida como coroa
  • Grau V: a alopecia já é generalizada, ou seja, está em todo o couro cabeludo. Caracteriza-se também pela ligação entre duas regiões sem cabelo, como a parte da frente da testa e a coroa;
  • Grau VI: calvície extremamente avançada — apenas a região externa da cabeça ainda tem fios 
  • Grau VII: menos de 20% dos fios (aqueles que não sofrem com a alopecia androgenética) ainda continuam no couro cabeludo

Escala de Ludwig

É a escala voltada para medir a calvície de padrão feminino. Diferentemente da Norwood-Hamilton, a Ludwig conta com apenas três graus, que partem da risca central  (onde geralmente o cabelo da mulher começa a sumir) e alarga-se para as extremidades.

  • Grau I: pequena perda de densidade na risca central, por isso é difícil percebê-la
  • Grau II: alargamento já perceptível, com o couro cabeludo bem visível
  • Grau III: mais raro, apresenta densidade dos fios já bem baixa. Por isso, só o transplante capilar é capaz de disfarçar o problema

Escala Savin

Também voltada para o padrão feminino, conta com diferentes escalas que também partem da risca central. Além disso, avalia também o enfraquecimento dos fios:

  • I-1, I-2, I-3 e I-4: perda leve;
  • II-1 e II-2: perda moderada;
  • III e avançada: perda intensa;
  • frontal: ainda mais intensa, porém é um grau de calvície raro em mulheres.

Como medir a calvície no consultório médico

Conheça os exames solicitados pelo médico para medir a calvície:

Tricoscopia ou dermatoscopia

Quando o paciente procura pelo tricologista ou dermatologista para saber mais sobre seu grau de calvície, o profissional faz uma medição mais precisa sobre o problema. Para isso, utiliza o dermatoscópio, um aparelho utilizado para exames de pele. A ferramenta conta com uma fonte de luz e uma lente que permite o zoom da imagem analisada. Esse exame é chamado de tricoscopia ou dermatoscopia.

O dermatoscópio pode ser portátil ou acoplado ao smartphone, câmera digital ou computador. Quanto maior a tecnologia envolvida e a câmera, maior a capacidade de ampliar a imagem — que pode aumentar em mais de 400 vezes, dependendo do aparelho.

A grande vantagem de procurar por um médico especializado é que, com os exames corretos, ele consegue analisar detalhes do couro cabeludo imperceptíveis ao exame clínico tradicional e, claro, ao olho nu. 

A tricoscopia é, na verdade, um segundo passo na medição da calvície, pois o médico só recorre a ela depois de realizar um exame físico e uma investigação do histórico do paciente. Com o tratamento da calvície, ele pode fazer o exame a cada seis meses para avaliar os resultados.

Biópsia

Em alguns casos, o médico também pode solicitar a biópsia, um exame de pele mais avançado. Nesse caso, ele remove uma pequena faixa de pele da área afetada do couro cabeludo e leva ao exame laboratorial para análise do médico patologista. Na maioria das vezes, no entanto, não é necessário.

O método mais utilizado é o punch, um instrumento de aço inoxidável formado por uma lâmina e um cabo. Com ele, o médico remove um pedaço de pele de no mínimo 4 mm de diâmetro e também com parte do tecido adiposo. No laboratório, a faixa retirada é cortada transversalmente para que os folículos pilosos sejam visualizados.

A biópsia permite a análise de 25 a 35 folículos pilosos e, por isso, é possível observar se o indivíduo sofre de alopecia e qual o tipo (androgenética, areata, cicatricial ou traumática, por exemplo).

Quanto mais rápido o diagnóstico, melhor

Quanto mais cedo o indivíduo souber que sofre de calvície, mais rápido pode tratá-la. Infelizmente, o problema não tem cura, mas é possível tratá-lo e retardar a queda. 

O único procedimento capaz de fazer com que o cabelo volte a crescer nas regiões onde os folículos pilosos se fecharam de vez é o transplante capilar, pois ele redistribui as unidades capilares de maneira homogênea. No entanto, a cirurgia só pode ser feita quando a calvície está estabilizada, o que costuma acontecer a partir dos 30 anos.

É possível tratar a calvície e fazer o transplante?

Sim — um tratamento não atrapalha o outro. O uso de minoxidil, finasterida e outros recursos para prevenção da queda retardam o avanço do problema, enquanto o transplante faz com que as áreas calvas voltem a ter fios. 

O tratamento preventivo ajuda o cabelo a continuar com a densidade homogênea com o passar do tempo, já que os fios transplantados não sofrem de alopecia. Além do mais, auxilia na estabilização da calvície e, consequentemente, a um planejamento de transplante mais seguro e eficaz.

Entendeu como medir a calvície no consultório é importante? E se você quer investir no tratamento, conheça agora os tipos de transplante capilar e descubra qual o melhor!

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