Queda de cabelo: 11 “vilões” que influenciam

A queda de cabelo é um problema que atinge milhões de pessoas no mundo inteiro, principalmente homens. Por conta da sintetização da testosterona, o público masculino é mais predisposto a sofrer com o sumiço dos fios. Porém, esse não é o único motivo por trás do couro cabeludo mais rarefeito.

Estresse, falta de nutrientes e até mau funcionamento dos rins podem estar por trás da queda de cabelo. Neste texto, você vai conhecer mais a fundo 11 “vilões” do sumiço dos fios

11 motivos por trás da queda de cabelo

Seus fios estão mais finos e ralos? Conheças algumas potenciais causas:

1. Má alimentação

O corpo precisa de diversas substâncias para funcionar. Quando a dieta é deficitária, dá para perceber a diferença na qualidade da pele e dos cabelos. Como há poucos nutrientes disponíveis no organismo, aqueles que seriam distribuídos para os anexos cutâneos (cabelo e unhas) são reduzidos, já que são matérias “mortas” e, portanto, não precisam tanto dessas substâncias. Como consequência, os fios produzidos são cada vez mais fracos e sem vida.

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Para ter cabelos fortes e bonitos, uma boa dieta é fundamental. Não deixe de incluir diferentes grupos alimentares na sua dieta. Frutas, legumes e verduras são fundamentais, mas não abra mão das proteínas e dos carboidratos. 

2. Covid-19

Apesar da vacina trazer resultados realmente eficazes — até mesmo evitando o surgimento de sequelas —, a covid-19 ainda pode proporcionar alguns problemas durante a recuperação. Em 2021, um em cada quatro infectados sofria com a queda de cabelo, o que a fez ser o quarto sintoma mais relatado entre pacientes de todo o mundo.

Em entrevista à BBC, Paulo Criado, coordenador do departamento de medicina interna da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), disse que essa queda é comum em patologias infecciosas mais graves, como dengue, chikungunya e zika. No geral, é pelo eflúvio telógeno —  período em que mais folículos capilares do que o normal passam da fase de crescimento para a fase de queda. Nesse caso, o aumento da queda diária costuma ser causado por um fator estressante.

No geral, os fios começam em demasia de dois a três meses depois da infecção. Curiosamente, a queda se reverte meses depois, sem necessidade de tratamento. O problema é que episódios de alopecia areata também têm surgido nesse pós-covid. Aparentemente, a doença tem funcionado como um gatilho a quem já tem predisposição ao problema.

3. Estresse

Como visto, doenças e episódios estressantes podem causar queda de cabelo. Contudo, o estresse em si — aquele diário, com picos em determinadas situações — também é capaz de acarretar o problema.

O estresse foi fundamental durante toda a existência da humanidade. Acredita-se, aliás, que o homem só chegou aos dias de hoje graças a ele. A liberação de cortisol e adrenalina no organismo deixam o indivíduo alerta e preparado para agir em alguma situação de perigo.

O problema ocorre quando o estresse se torna crônico, ou seja, o organismo não tem tempo de absorver o cortisol em excesso. O hormônio, quando em grande quantidade, afeta a absorção de substâncias importantes para o funcionamento do corpo. Vitaminas A, B, C, D e E, ferro, selênio e zinco são alguns nutrientes que ajudam na renovação celular dos folículos pilosos. O cortisol, aliás, interfere nessa renovação.

4. Ovário policístico

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio hormonal que provoca o aumento dos ovários e o surgimento de cistos na parte externa. Ela ocorre quando há uma produção maior de hormônios masculinos no corpo feminino do que a considerada normal. 

O problema pode causar desde sintomas simples, como irregularidade menstrual e acne, até obesidade, infertilidade, fadiga, aumento de pelos faciais e queda excessiva de cabelo.

O sumiço dos fios ocorre de maneira semelhante ao que acontece com a alopecia androgenética nos homens: o excesso de testosterona acaba se tornando também excesso de dihidrotestosterona (DHT), hormônio responsável por deixar os pelos do corpo mais grossos, voz mais grave e aumento da libido. Porém, ele também pode se acoplar aos folículos com predisposição à calvície e prejudicar a formação de fios, até que essas unidades capilares se fechem de vez e morram.

Para tratar o problema, é preciso tratar também a SOP. Contudo, é um trabalho em conjunto com o tricologista ou dermatologista. 

5. Genética

A genética é a maior vilã quando falamos de queda de cabelo. Isso porque não é possível preveni-la ou evitá-la por completo. Por exemplo: se a perda dos fios é causada por estresse, normalmente cortar o fator estressante faz com que os folículos voltem a trabalhar normalmente depois de um tempo. Contudo, isso não acontece quando o fator está no seu DNA.

Como dito, é a presença de DHT que faz com que a calvície se manifeste principalmente nos homens. Quando a mulher entra na menopausa, o surgimento desse tipo de alopecia também tende a aumentar. Contudo, o tratamento pode não fazer com que o cabelo volte a nascer onde a perda dos folículos foi definitiva, mas pode frear o sumiço dos fios.

Quem já tem entradas ou calvície não deve pensar, porém, que é um caso perdido. O Transplante Capilar pode ser feito em homens e mulheres. Além disso, utiliza fios que não são atingidos pela predisposição genética à alopecia androgenética — localizado numa faixa capilar que fica entre as laterais e a parte posterior alguns dedos acima da nuca.

É preciso lembrar que um tratamento não substitui o outro. Enquanto fármacos e mesoterapia impedem a produção de DHT e estimulam o trabalho dos folículos, o Trasplante Capilar vai cobrir as áreas já rarefeitas pelo problema.

6. Cigarro

O cigarro compromete o organismo por completo. Além de danificar a capacidade pulmonar, ele compromete a circulação sanguínea por predispor a formação de placas na parede das artérias, diminuindo o fluxo de sangue. Os vasos também ficam com o calibre menor (vasoconstrição), o que também atrapalha o fluxo. Com isso, menos nutrientes chegam aos cabelos e pele, deixando-os opacos e com envelhecimento precoce.

Outro fator que também compromete a produção dos fios é que o cigarro estimula a produção de radicais livres — átomos ou moléculas instáveis que aceleram o envelhecimento e a morte das células. 

Por fim, o monóxido de carbono também afeta a capacidade das células sanguíneas de levar oxigênio. Pior: ele também é capaz de agravar os casos de alopecia androgenética.

7. Anemia

A anemia é uma condição em que o corpo produz poucas hemácias ou hemoglobina (proteína presente nos glóbulos vermelhos e responsável pela coloração vermelha do sangue). Os glóbulos vermelhos conseguem fornecer oxigênio ao corpo e ajudam a controlar os níveis de energia. 

Uma das causas para a anemia é a falta de ferro. Níveis inadequados da substância podem causar o eflúvio telógeno. Como resultado, o cabelo cai e parece mais fino.

Alimentação deficiente em ferro, gravidez, perda de sangue e capacidade reduzida em absorção de ferro são alguns dos fatores que podem causar o problema.

8. Disfunções da tireoide

A queda de cabelo é um dos sintomas do hipotireoidismo, condição em que a tireoide não produz os hormônios T3 e T4 em quantidade suficiente. Curiosamente, o problema contrário — hipertireoidismo, quando a glândula produz hormônios em excesso — também causa queda dos fios.

Ambas as disfunções costumam atacar mulheres, mas o hipertireoidismo é mais comum no público entre 20 e 40 anos. Já o hipo é comumente causado pela tireoidite de Hashimoto, doença autoimune em que o organismo produz anticorpos que danificam a tireoide.

9. Micose

Você sabia que crianças também podem sofrer com queda de cabelo? O fator mais comum nessa faixa etária é a micose, que é uma doença causada pela contaminação com qualquer tipo de fungo. O organismo consegue ultrapassar a camada de proteção e atingir pele, unha e cabelos.

Micoses são mais propensas em locais com clima quente e úmido, ideal para a proliferação de microrganismos. Elas aparecem em crianças porque elas são mais propensas a colocar itens contaminados na boca, além de usar objetos de colegas inadvertidamente.

Algumas dicas para evitar micoses:

  • se você faz as unhas em casa, não empreste alicates a ninguém. Se fizer na manicure, confira se ela faz a esterilização na autoclave;
  • seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente nas dobras, como as axilas, as virilhas e os dedos dos pés;
  • evite andar descalço em locais úmidos, como vestiários, saunas e lava-pés de piscinas;
  • não compartilhe toalhas, roupas, talheres, escovas de cabelo e bonés;
  • não use calçados fechados e apertados por longos períodos;
  • evite roupas muito quentes, justas e feitas em tecidos sintéticos;
  • não permaneça com roupas molhadas por muito tempo;
  • evite o contato prolongado com água e sabão.

10. Doença renal crônica

Doença renal crônica (DRC) é um termo genérico para alterações que afetam tanto a estrutura quanto a função dos rins. Pode ter diversas causas e fatores de risco.

Como eles param de filtrar o sangue corretamente, os folículos não recebem os nutrientes necessários para fabricar os fios. Consequentemente, eles nascem cada vez mais ralos — e isso quando nascem. 

Além disso, a doença cria muitas limitações alimentares que enfraquecem o organismo.

11. Pouca água

A água é essencial para o funcionamento de todo o organismo, incluindo a nutrição dos folículos capilares. O líquido é o veículo que o organismo utiliza para ajudar no transporte de nutrientes para as células. 

Parte do sangue (responsável por levar nutrientes aos folículos capilares) é composta por água. Portanto, quando o corpo está hidratado, a circulação sanguínea também aumenta, o que ajuda a ter fios mais fortes. 

O consumo correto de água garante a irrigação e a nutrição do sangue. Por fim, quando o organismo está nutrido e hidratado, não tem necessidade de “roubar” nutrientes dos anexos cutâneos. 

Entendeu o que pode estar por trás da queda de cabelo? Então, se você já sofre com entradas e áreas calvas, marque sua consulta na Clínica Mauad.

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