Existe estação ideal para realizar o Transplante de cabelo?

Quando se fala em uma cirurgia, poucas vezes se pensa em como o clima afeta o pós-operatório. Por exemplo: quem vai fazer uma abdominoplastia e precisa ficar com uma cinta provavelmente vai sentir desconforto no verão, pois o recurso esquenta a área. Mas será que existe uma estação ideal para fazer o enxerto capilar?

Se você pensa em cobrir as rarefações da calvície, precisa entender como o clima influencia no pós-operatório. Se você quer saber se existe uma estação ideal para passar pelo Transplante Capilar, continue a leitura:

Existe estação ideal para fazer Transplante Capilar?

Não necessariamente. O indivíduo pode fazer o Transplante Capilar em qualquer época do ano. Se ele costuma tirar férias em maio, por exemplo, pode aproveitar o período para passar pela cirurgia. E se tiver que mudar para dezembro? Também é possível marcar o procedimento.

Muita gente pode pensar em fazer o Transplante Capilar nas estações mais quentes por conta do período de recesso. Além disso, há quem goste de marcar as férias nessa época para aproveitar as altas temperaturas. 

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Já outras pessoas podem preferir o inverno porque costuma pegar as férias escolares. É também um período em que as pessoas usam chapéus e toucas, que podem servir para cobrir a região sensibilizada e com crostas de cicatrização.

A escolha da estação ideal, porém, precisa levar em conta alguns detalhes importantes.

Calor

Para o pós-operatório, é fundamental que o paciente evite o suor, principalmente excessivo. Por isso, fazer o transplante numa época mais quente pode não ser a melhor opção para quem tem muita sudorese. Ele não vai afetar o resultado em si, mas a união de calor e umidade ajuda a proliferar microrganismos na região. Com isso, as chances de infeccionar são maiores.

O paciente, claro, não vai permitir que isso aconteça e vai lavar a cabeça. O problema é que, nesse período inicial, quanto menos o indivíduo mexer no couro cabeludo, melhor. Independentemente disso, a lavagem precisará ser diária nos primeiros dias pós-transplante. Porém, é preciso tomar cuidado para não passar as unhas ou esfregar a região com força.

No dia seguinte à cirurgia, o paciente precisa voltar ao consultório para fazer a primeira lavagem de couro cabeludo. Nesse momento, o médico fará a limpeza e vai ensiná-lo a lavar em casa sem danificar a região operada.

Banho quente

Além do suor — que serve para equilibrar a temperatura corporal, deixando-a mais “fresca” —, qualquer fonte de calor deve ser evitada durante o primeiro mês após a cirurgia. O calor esquenta a região e aumenta o calibre dos vasos sanguíneos, fazendo com que o couro cabeludo fique mais propício a inchaços e vermelhidão.

Além disso, a água quente resseca a pele da região e pode causar “efeito rebote”: para compensar a falta de oleosidade, a cabeça acaba produzindo ainda mais sebo. Consequentemente, o cabelo fica mais opaco e com aparência de sujo.

Então, se você mora em um local que faz muito frio durante o inverno, talvez seja melhor esperar por uma época mais amena, como a primavera e o outono.

Cloro

Outro fator “contra” o calor é o cloro. Quem gosta de aproveitar as altas temperaturas para se refrescar na piscina vai ter que dar adeus a esse hábito por, pelo menos, um mês. 

A alta quantidade da substância na água da piscina permite que ela fique limpa. Contudo, é extremamente prejudicial à região pós-operada, que está sensível e em processo de cicatrização.

O cloro resseca o couro cabeludo, pois retira a oleosidade natural da área. Essa sensação de ressecamento é ainda maior quando a água é aquecida, já que o calor também ajuda a remover a oleosidade. Dessa forma, o ressecamento é ainda maior.

Isso não significa que o paciente não poderá lavar a cabeça nesse período. O problema não é apenas o cloro, e sim sua concentração. Na água corrente de casa, ele está em uma quantidade que não atrapalha a cicatrização ou causa problemas ao couro cabeludo. 

Raspagem dos fios

Embora possa variar de médico para médico, é muito comum raspar os fios do paciente que vai passar pela técnica FUE. Como a remoção é feita folículo por folículo, a retirada do cabelo ajuda o médico a ver melhor quais unidades serão retiradas. 

A raspagem dos fios ajuda o couro cabeludo a se manter mais fresco, já que os fios aquecem a região. Ao mesmo tempo, ele acaba mais exposto aos raios solares, que também precisam ser evitados. É preciso esperar pelo menos 10 dias para usar chapéus ou bonés folgados; já toucas de lã e outros utensílios que possam tracionar o couro cabeludo só poderão ser usados depois de um mês.

Então, qual a estação ideal?

Como visto, todas têm seus prós e contras. Isso vai variar de acordo com as necessidades do paciente e a região onde mora. 

Para boa parte dos pacientes e cirurgiões, a estação ideal é o inverno porque evita que o paciente encoste muito no couro cabeludo e, principalmente, o exponha à radiação solar. Mas isso depende bastante do local onde o indivíduo mora: um clima extremamente frio pode exigir touca de lã, algo proibido no primeiro mês pós-cirurgia (o material pode enroscar nas crostas com facilidade).

Se faz muito calor, por exemplo, talvez o período entre janeiro e março não seja o ideal. Mas se o local faz frio extremo para os padrões brasileiros, o indivíduo pode esperar pela chegada da primavera.

Antes de escolher a data do seu Transplante Capilar, analise como é sua rotina.

  • Você costuma suar muito?
  • Sua pele resseca com frequência?
  • A sua região é de extremo calor ou frio?
  • Você tem o hábito de frequentar piscinas e praias no verão?
  • Durante o inverno, você usa chapéus e toucas?
  • Seus banhos costumam ser quentes ou frios?

Levando sua rotina em consideração, fica mais fácil saber qual a estação ideal para o procedimento. Cada caso deve ser analisado individualmente.

Vamos resumir aqui alguns dos benefícios de cada estação.

Clima quente

Veja quais os prós de fazer o Transplante Capilar durante a primavera-verão:

  • se precisar raspar a cabeça, não será preciso “aquecer” o couro cabeludo com gorros e chapéus;
  • os banhos são frescos, o que ajuda a manter a temperatura do corpo agradável e ainda mantém os fios brilhantes;
  • como o corpo perde mais água para o ambiente, há mais necessidade de repor o líquido. Dessa forma, o paciente consegue manter o organismo e, consequentemente, os folículos mais hidratados;
  • há mais predisposição a uma alimentação saudável, o que influencia diretamente na qualidade dos fios produzidos.

Clima frio

Se você prefere o frio, também há vários benefícios:

  • as pessoas tendem a ficar em casa para se proteger do frio, o que diminui a quantidade de eventos sociais e, consequentemente, a necessidade do paciente de se expor;
  • no verão, quando as pessoas tendem a sair mais, boa parte do Transplante Capilar já estará em desenvolvimento;
  • a radiação UVB (que causa queimaduras, calor e vermelhidão na pele) que incide no couro cabeludo é muito menos intensa;
  • o paciente não precisa “fugir” dos convites para praia e piscina;
  • menos desconforto causado pelo suor;
  • menor necessidade de lavar a cabeça;
  • menos inchaço na região operada.

Existe idade recomendada para passar pelo Transplante Capilar?

Além da estação ideal, também é preciso pensar se o paciente está na melhor fase para passar pelo procedimento. Muitos cirurgiões preferem que o indivíduo espere até os 35 anos para fazer a cirurgia, já que o problema costuma se estabilizar a partir dessa faixa etária. Porém, é preciso analisar o caso individualmente.

O ideal é que a condição esteja estabilizada, pois assim é possível estimar quais áreas deverão ser cobertas sem deixar nenhuma região rarefeita.

Calvície avançada em jovens

Alguns indivíduos costumam mostrar sinais avançados de calvície ainda muito jovens. Como essa rarefação afeta muito a autoestima desses pacientes, há cirurgiões que optam por operarem numa faixa etária mais jovem — a partir dos 19 anos. Contudo, é fundamental alertar sobre os riscos de que se formem outras rarefações com o passar do tempo e que, portanto, seja necessário outro transplante no futuro.

Importância do tratamento preventivo

Para o paciente que sofre de alopecia androgenética, além da idade e da estação ideal, é preciso não abandonar o tratamento preventivo. Enquanto o Transplante Capilar cobre as áreas já calvas, os fármacos e procedimentos como mesoterapia vão evitar ou retardar a queda dos fios produzidos pelos folículos predispostos à calvície.

Finasterida e dutasterida

Os dois medicamentos são inibidores de 5-alfa redutase, a enzima que converte a testosterona em dihidrotestosterona (DHT), versão mais potente do esteróide. A DHT é responsável por deixar os pelos corporais mais espessos e a voz mais grossa, mas quando se une aos folículos com predisposição à calvície, faz com que eles não consigam absorver nutrientes, produzindo fios cada vez mais finos e ralos.

Minoxidil

O minoxidil é uma espécie de vasodilatador, que faz com que o sangue circule mais na região do couro cabeludo e, como consequência, os fios recebam mais nutrientes. Está disponível como solução hidroalcoólica de uso tópico ou comprimido — que, segundo estudos, oferece resultados mais eficazes.

Mesoterapia

A mesoterapia é um tratamento em que agulhas ultrafinas injetam diferentes classes de medicamentos, vitaminas e aminoácidos no couro cabeludo. Essa mistura de fármacos promove e fortalece o crescimento dos fios nos folículos capilares que ainda estão ativos.

Entendeu que toda estação é ideal para o Transplante Capilar? E se você deseja passar pelo procedimento, marque sua avaliação na Clínica Mauad.

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