Embora seja de recuperação rápida, o pós-operatório do Transplante Capilar requer alguns cuidados. Será que é possível fumar logo após o procedimento? E ir à praia? E praticar exercícios físicos?
Calma! Depois da recuperação da cirurgia, é possível ter uma vida normal, como se você nunca tivesse passado por nenhum procedimento. Mas no pós-operatório, mais do que saber o que pode ser feito, é preciso entender aquilo que é necessário evitar.
Neste texto, você vai entender o que deve ser evitado no pós-operatório do Transplante Capilar, além do período de “jejum” de cada atividade. Confira:
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O que evitar no pós-operatório do Transplante Capilar?
Veja alguns fatores que precisam ser adiados da sua rotina durante a recuperação da cirurgia.
Arrancar as “casquinhas”
Nos primeiros dias de pós-operatório do Transplante Capilar, o couro cabeludo vai apresentar uma série de “casquinhas”, que são, na verdade, as feridas cicatrizando. O problema é que muita gente pode ficar “tensa” observando aquelas crostas de feridas na cabeça e ter vontade de arrancar com as unhas. Mas isso pode custar caro.
As unhas, além de levemente afiadas, costumam carregar muitos microrganismos que podem contaminar a região. Quando o indivíduo puxa uma crosta que ainda não está pronta para cair, transforma o local em uma porta de entrada para contaminações que podem justamente vir pelas mãos.
Além disso, se a crosta ainda não caiu significa que a região não foi devidamente cicatrizada. Isso não só atrasa a recuperação como pode deixar o local suscetível a infecções e até mesmo atrapalhar o desenvolvimento do folículo transplantado.
Faltar às consultas
Depois do transplante, é fundamental ir a todas as consultas que o cirurgião responsável disser. Ele vai:
- ensinar como fazer a lavagem do couro cabeludo;
- remover os pontos e fazer a revisão cirúrgica;
- passar instruções e cuidados com a cirurgia;
- acompanhar o desenvolvimento do transplante.
Cigarro
O ideal é interromper o cigarro por, pelo menos, nos primeiros sete dias do pós-operatório do Transplante Capilar. O cirurgião, aliás, vai recomendar que você faça o mesmo sete dias antes da cirurgia.
O fumo conta com mais de 4,7 mil substâncias tóxicas, incluindo nicotina, alcatrão (constituído por aproximadamente 50 substâncias pré-cancerígenas) e monóxido de carbono. Essa imensa quantidade de toxinas acaba atrapalhando a cicatrização e o desenvolvimento do Transplante Capilar. Por isso, é preciso que o corpo se desintoxique antes, para evitar complicações cardiovasculares e circulatórias durante o procedimento, e depois, para que cicatrize melhor e evite infecções.
Outro problema envolvendo o fumo é que ele causa a vasoconstrição, ou seja, a diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, o que atrapalha a circulação do sangue e a oxigenação do organismo no todo. Dessa forma, os folículos capilares recebem menos sangue e oxigênio para desenvolver fios saudáveis.
Por fim, a má circulação sanguínea na recuperação do transplante pode aumentar a possibilidade de infecção, prejudicando a sobrevivência do folículo transplantado.
Esses são apenas alguns prejuízos que o cigarro causa no pós-transplante. Há vários outros causados pelo atraso na cicatrização e interferência na circulação sanguínea.
Chapéu e capacete
O chapéu abafa o couro cabeludo e provoca sudorese, o que também interfere na cicatrização e acaba facilitando a proliferação de microrganismos.
O tempo sem chapéu ou boné costuma variar de acordo com o médico. Alguns tendem a liberar com mais rapidez, já que o chapéu não fica em contato direto com o couro cabeludo; outros já acham mais prudente esperar mais de 15 dias para que a região tenha mais tempo de cicatrizar. O importante é que nenhum dos dois fique encostado ou tracione a região.
Já o capacete também precisa ser evitado por, pelo menos, um mês. Ele pode apertar a cabeça e, consequentemente, o couro cabeludo, prejudicando os folículos transplantados.
Isso significa que o indivíduo deve andar de moto sem capacete? De forma alguma. Ele precisa evitar qualquer transporte ou situação que exija o uso do recurso.
Tiaras e bandanas também devem ser evitadas no primeiro mês, pois abafam o couro cabeludo. Já a viseira pode ser usada depois de dez dias, se estiver solta; se for presa, também só depois de um mês.
Outros elementos que devem ser evitados durante um mês são touca de natação, touca de lã (que pode se enganchar nos folículos e danificá-los ao ser retirada), kipá, perucas, burca, hijab, chador e outros tipos de véu.
Penteados com tração
Você sabia que penteados muito apertados e escovação agressiva podem causar perda dos fios? É a chamada alopecia por tração, que ocorre pelo aumento de tensão no folículo capilar, resultante de uma arrancada incomum do cabelo.
Alguns motivos de alopecia por tração são:
- penteados muito justos, como trança, rabo de cavalo e coque extremamente apertados;
- usar frequentemente ferramentas para modelar os fios, como chapinha e babyliss;
- torcer o cabelo manualmente e deixá-lo assim por um tempo prolongado;
- arrancar os fios que estão ficando brancos ou por estresse;
- tratamentos químicos agressivos, como alisamento;
- usar laços ou grampos muito apertados;
- extensões de cabelo.
A alopecia por tração “mata” o folículo piloso, portanto será necessário outro Transplante Capilar para reverter o problema.
Pintar os cabelos
A tintura é uma química que afeta a estrutura dos fios. Ela também necessita de água oxigenada para retirar o pigmento natural dos fios e facilitar a penetração do artificial. Quanto mais clara a tinta, maior a volumetria da água oxigenada necessária para descolorir e, consequentemente, maior a agressão ao fio.
Embora a tintura não entre em contato com os folículos capilares, ela pode sim entrar em contato com o couro cabeludo, que ainda está se recuperando do Transplante Capilar. Por isso, o ideal é esperar pelo menos três semanas para pintar os fios.
Se puder, espere até mais. Lembre-se de que é comum que o cabelo transplantado caia depois de um mês. Isso ocorre porque os folículos transplantados estão trabalhando ao máximo para desenvolver novos fios, portanto precisam chegar à fase telógena (queda do fio) com mais rapidez.
Fontes de calor
Secador, chapinha, sauna, banho quente e até radiação solar devem ser evitados nos primeiros dias pós-transplante.
O ideal é evitar o calor intenso nos dois primeiros meses após a cirurgia. A radiação solar em demasia afeta não apenas a cicatrização dos folículos, como também a pigmentação do couro cabeludo. Depois de duas semanas do transplante, o paciente já está liberado a pegar sol com boné.
Já o secador pode ser usado logo nos primeiros meses, mas com moderação. O ideal é que a temperatura seja amena — o que, aliás, é fundamental independentemente de o indivíduo ter feito ou não transplante. Se o paciente tiver couro cabeludo oleoso ou misto, essa moderação do calor é ainda mais importante.
Mar e piscina
A piscina deve ser evitada de um a dois meses após o procedimento, pois o cloro é extremamente agressivo e dificulta a cicatrização. Além disso, pode influenciar no surgimento de uma dermatite ou foliculite.
Já o mar e a praia também precisam ser evitados durante esse primeiro mês. Os microrganismos e o sal da água podem atrapalhar a cicatrização e causar infecções.
Cosméticos capilares
É fundamental evitar gel, cera, creme, spray e pomada capilares até que os folículos cicatrizem.
Suor
Como dito, a umidade atrapalha a cicatrização e ajuda a proliferar microrganismos. Dessa forma, pode danificar os folículos transplantados. Por isso mesmo, trabalhos pesados e atividade físicas precisam ser evitados. Assim, além do suor, a pressão arterial e a frequência cardíaca vão permanecer estáveis até que o risco de inchaços diminua.
Esportes
Sim, é possível retornar a uma atividade física leve e que não envolva transpiração excessiva, como a caminhada, 15 dias após o Transplante Capilar. Contudo, quem pratica esportes mais pesados precisa aguardar por, pelo menos, um mês para a volta.
É preciso lembrar que, além da transpiração em si, um esporte mais complexo pode causar cabeçadas ou lesões no couro cabeludo. Além disso, a natação exige o uso de uma touca que traciona a região. Por isso, é preciso esperar o período de recuperação para praticar suas atividades com segurança.
Álcool
O álcool causa uma série de alterações no organismo que podem prejudicar a cicatrização do transplante. Contudo, ele também pode afetar a execução da cirurgia em si. Portanto, é fundamental que o paciente pare de beber alguns dias antes do procedimento.
Um dos fatores é que o álcool aumenta o risco de inflamações, já que dilata os vasos.
Embora muita gente beba mais em dias de calor, a substância causa desidratação. O álcool diminui a produção do hormônio antidiurético, que regula a perda de água. Assim, o indivíduo que bebe acaba indo ao banheiro com mais frequência. Como resultado, a pele resseca e descama, o que pode causar lesões.
Outro fator importante é que, justamente por conta da desidratação, o álcool também afeta o desenvolvimento dos fios. Eles acabam crescendo fragilizados e quebradiços, independentemente de serem produzidos ou não por folículos transplantados. Por fim, o excesso da substância no organismo aumenta o nível de radicais livres, o que pode impactar no surgimento de fios brancos e enfraquecimento da fibra capilar.
Como visto, há uma série de fatores que precisam ser evitados no pós-operatório do Transplante Capilar. Porém, depois de respeitado o prazo de recuperação, o paciente volta à sua rotina por completo.
Se você deseja passar por um Transplante Capilar, marque sua consulta com a Clínica Mauad.