Antes de fazer alguma cirurgia, é fundamental entender como ela acontece. Afinal, há sempre o receio que esse tipo de procedimento proporciona. Além disso, na internet sempre aparecem alguns “mitos” que, por repetição, mais parecem verdades. Portanto, conhecer algumas curiosidades sobre o transplante capilar ajuda a desmistificar e a entender melhor a cirurgia.
Se você pretende fazer um transplante capilar, mas tem receio do resultado e não sabe como a técnica funciona, não se preocupe. Neste texto, vamos conferir com detalhes 10 curiosidades sobre a cirurgia. Confira!
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É hora de desmistificar algumas “verdades” sobre a cirurgia de transplante capilar. Conheça algumas curiosidades:
Uma das principais curiosidades sobre o transplante capilar é a origem do fio. Muitas pessoas acreditam que o cabelo transplantado é, na verdade, sintético. Por isso, ficam com receio de fazer, pois o resultado poderia ficar artificial. Além disso, não haveria versatilidade no corte de cabelo. Se o indivíduo demorar a retocar o corte, a diferença ficaria visível.
Todo transplante capilar é feito com fios naturais. A cirurgia com material sintético, na verdade, chama-se implante capilar. No entanto, como ela tem entrado em desuso, há quem fale “implante capilar” para se referir ao transplante.
Outro fator interessante é que a cirurgia não causa rejeição, pois todos os fios transplantados são do próprio paciente. O que acontece, na verdade, é uma redistribuição dos fios saudáveis: eles são transplantados da área saudável para a região calva. Portanto, é preciso que a alopecia androgenética (popularmente conhecida como calvície) esteja estável — no geral, a partir dos 30 anos.
Uma das principais curiosidades sobre o transplante capilar é, na verdade, entender por que seu cabelo cai.
No caso da alopecia androgenética, o problema está na testosterona. A enzima 5-alfarredutase transforma o hormônio em DHT, uma versão muito mais potente. Ele é responsável pelo aumento da libido, surgimento de pelos no corpo e, também, pela rarefação dos fios na cabeça.
Os folículos que sofrem do problema têm receptores de DHT, que se acopla e impede que os nutrientes cheguem até o fio. Com o tempo, o cabelo vai se afinando cada vez mais, até que desaparece de vez e o folículo se fecha para sempre. Portanto, a calvície não é a queda dos fios, e sim o afinamento e sumiço por completo.
Com o tempo, descobriu-se que os fios da lateral e posterior do couro cabeludo não contam com tantos receptores assim. Por isso, os fios dessa região não sofrem de calvície e podem ser transplantados. E justamente por isso, mesmo após o passar dos anos — quando o problema piora —, o cabelo transplantado não cai.
Na imensa maioria dos transplantes, os fios utilizados são apenas aqueles já presentes no couro cabeludo. Como dito, o couro cabeludo vai passar por uma redistribuição de folículos, o que vai dar a impressão de que há mais cabelo. Mas, no geral, a quantidade é a mesma.
Há, no entanto, uma técnica chamada body hair transplant (BHT). Nela, o cirurgião transplanta folículos de outras partes do corpo quando o couro cabeludo não é capaz de suprir a região calva.
Lembre-se de que essa técnica é para casos excepcionais, já que cada pelo tem uma característica diferente. Para um resultado mais natural, o ideal é que todos os folículos sejam do couro cabeludo.
Por volta de 30 dias após o transplante capilar, os fios transplantados começam a cair. Isso pode dar um grande susto em quem fez a cirurgia. No entanto, é algo normal: os fios que caem, na verdade, vão dar espaço aos novos.
O resultado completo da cirurgia aparece em um ano.
Uma das maiores curiosidades sobre o transplante capilar é sobre o desenho que o cirurgião fará do couro cabeludo. No geral, ele vai seguir a linha pré-calvície, mas se o paciente desejar, ele poderá sim diminuir o tamanho da testa.
Outra das principais curiosidades sobre o transplante capilar é que a técnica não é única. ou seja, há duas principais formas de executá-la:
Follicular Unit Transplantation (FUT) é a técnica em que o cirurgião retira uma faixa de pele do couro cabeludo e, depois, separa folículo por folículo. Os melhores serão transplantados para as áreas rarefeitas do couro cabeludo. A técnica é mais indicada para quem tem regiões calvas um pouco maiores.
A FUT deixa uma cicatriz linear, que é coberta pelo cabelo após seu crescimento. A grande vantagem dessa técnica é que o cirurgião não precisa raspar os cabelos. Portanto, é muito indicada para mulheres.
Já com a técnica Follicular Unit Extraction (FUE), o cirurgião remove folículos capilares um por um do couro cabeludo. Para que uma região não fique menos densa que a outra, ele retira uma unidade capilar a cada cinco.
É mais indicada para pessoas com alopecia em estágio menos avançado. Além disso, exige a raspagem do cabelo para que o cirurgião possa ver melhor os folículos que pretende retirar. Por fim, as microcicatrizes puntiformes não ficam visíveis — elas serão cobertas pelos fios que crescerem.
Dependendo do estágio da calvície, ainda é possível trabalhar com a técnica híbrida, em que o cirurgião faz tanto a FUT quanto a FUE.
O transplante capilar é realizado no consultório médico e precisa apenas de anestesia local e sedação. Assim que o procedimento acaba, o paciente pode ir para casa. Ele só precisa proteger a região da radiação solar. Além disso, o médico prescreverá uma série de cuidados que ele deve ter durante a recuperação.
É possível transplantar milhares de folículos em uma mesma sessão. No entanto, em alguns casos, o paciente precisará de duas ou três sessões para obter o resultado desejado e ter uma boa cobertura do couro cabeludo.
Gostou de conhecer essas curiosidades sobre o transplante capilar? Outro receio bem comum é o pós-operatório. Será que é difícil? Há dor no couro cabeludo? Para tirar essas dúvidas, confira agora o que muda na rotina após a cirurgia!
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