Para quem não tem muitos fios, queda e quebra de cabelo são dois “terrores” do dia a dia. Mas ao contrário do que muita gente pensa, os dois conceitos são diferentes. Enquanto um se deve principalmente (mas não completamente) a fatores internos, o outro costuma ser causado pelos externos. Então, como diferenciar? O que fazer?
Neste texto, vamos entender melhor sobre as diferenças entre queda e quebra de cabelo, além de entender quais casos são reversíveis e o que fazer para resolver. Confira:
Table of Contents
A queda de cabelo ocorre quando o cabelo se solta do couro cabeludo desde a raiz, ou seja, o fio cai por inteiro. Há uma série de motivos para tal, desde os naturais — um fio “antigo” cai e dá lugar para que outro se desenvolva — até mais sérios, como a alopecia areata.
Vamos conferir com mais detalhes alguns “vilões” da queda de cabelo:
Vamos começar pelo efeito comum, que é o ciclo de vida do cabelo. Cada fio passa por X fases, que são:
Os fios na fase exógena se desprendem do couro cabeludo, caindo naturalmente para que um novo cabelo possa se desenvolver. Portanto, não há nada de errado quando o cabelo cai diariamente; o problema está quando a queda é superior à capacidade de produção de novos fios pelos folículos capilares.
O estresse libera na corrente sanguínea o cortisol, chamado de hormônio do estresse, que deixa o corpo alerta. Nesse caso, o organismo faz com que o sangue corra em regiões que precisam mais dele, e controla o fluxo em outras que não são vitais, como os anexos cutâneos (cabelo e unhas).
As células que produzem os fios trabalham constantemente e precisam receber esse nutrientes. Quando há uma baixa nessa recepção, o trabalho delas diminui ou para, o que faz com que o ciclo do cabelo seja mais curto na fase anágena, acelerando a queda.
O nome clínico para a queda de cabelo causada por estresse é eflúvio telógeno. Ela é relativamente comum em estresse pós-traumático, como um acidente ou a perda de alguém, mas também em estresse crônico, como o burnout. A pandemia de covid-19 também é um exemplo de trauma causador de eflúvio telógeno.
É comum que o cabelo caia dias ou até meses depois que a causa do estresse ocorreu. Como visto, ele encurta uma das fases do ciclo capilar, mas não faz com que o fio caia imediatamente.
O cabelo volta a crescer quando o fator causador de estresse se encerra, já que o folículo piloso volta a receber nutrientes normalmente.
O parto é um exemplo de fator estressante que causa a queda capilar. Além de o parto exigir muito do corpo feminino, a mulher também sofre uma grande mudança hormonal no puerpério.
Além disso, durante a gravidez, o cabelo feminino fica mais forte, brilhoso e com aparência saudável. Isso ocorre pelo aumento de estrogênio, progesterona e outros hormônios femininos no organismo.
Quando ocorre o parto, o estímulo que fazia os fios ficarem mais densos e fortes se encerra, fazendo-os cair. É o chamado eflúvio telógeno gravítico, que costuma ocorrer no terceiro mês após o parto.
Novamente, não se preocupe: a queda é normal e o cabelo voltará a se desenvolver em seguida. Contudo, evite procedimentos químicos mais fortes (progressiva e descoloração, por exemplo) nesse período, já que eles costumam deixar o cabelo quebradiço. Portanto, você vai ter de lidar com queda e quebra de cabelo ao mesmo tempo, o que vai diminuir consideravelmente a densidade dos fios.
A deficiência nutricional segue a mesma lógica do estresse. Quando o corpo conta com menos nutrientes, ele os utiliza para os órgãos vitais, deixando cabelo e unhas mais fracos.
A deficiência nutricional pode causar tanto a queda (deixando o ciclo de vida do cabelo mais curto) quanto a quebra (a haste capilar fica mais frágil).
A alopecia por tração é um tipo de perda de cabelo causada pela tração dos fios, ou seja, quando uma força os puxa constantemente. Um exemplo é o uso de rabos de cavalo e coques muito apertados. Outras causas são a progressiva e a escova — porém, isso depende da força que o responsável coloca ao fazer os procedimentos. Porém, cabelos quimicamente tratados com alisantes ou permanentes são mais suscetíveis a esse tipo de condição.
No estágio inicial da alopecia por tração, é possível observar fios mais curtos na área tracionada, formando uma espécie de franja. A região ainda pode apresentar escamas e pontos de pus. Nesse período, o problema ainda é reversível; a paciente só precisa parar de fazer o estímulo de tração. Caso a região já não apresente mais fios, isso significa que o folículo já foi danificado e a condição só pode ser revertida com um transplante capilar.
Esses são apenas alguns casos que podem causar o problema. Caso note uma queda anormal dos fios, procure por um dermatologista.
Acredite se quiser: a alopecia androgenética (nome clínico para a calvície) não faz o cabelo cair. O problema, neste caso, é que os folículos capilares contam com receptores para a di-hidrotestosterona (DHT), uma forma mais “potente” da testosterona.
O folículo piloso é um anexo cutâneo responsável pela produção e crescimento do fio de cabelo.Quando a DHT se liga a essa estrutura, impede que ela consiga desenvolver o fio ou receber nutrientes advindos do sangue. Com isso, o fio nasce cada vez mais fino e ralo, até que a região não consegue mais produzir cabelo.
Podemos entender, portanto, que a calvície não é a queda dos fios, mas a miniaturização deles até que o folículo não seja mais capaz de produzi-los e “morra”.
Já a quebra ocorre quando o fio parte na sua haste, ou seja, no seu comprimento. Dessa forma, nada tem a ver com a calvície tradicional ou outro problema que faz com que o fio caia pela raiz.
Os fatores causadores da quebra de cabelo são, principalmente, externos. Contudo, a deficiência nutricional pode sim facilitar a quebra, já que o folículo não recebe nutrientes suficientes para auxiliar no desenvolvimento do fio.
A descoloração é um processo químico que remove a cor do fio por meio da oxidação. A combinação de pó descolorante e água oxigenada penetra na fibra capilar para retirar o pigmento. Quanto mais tempo a química permanecer no cabelo, mais claro ele ficará.
O procedimento pode ser feito tanto para manter o cabelo platinado quanto para a aplicação de uma nova cor.
O problema é que a descoloração é um processo extremamente agressivo, principalmente em cabelos muito escuros, que exigem mais tempo de permanência da química no fio. Com o retoque da raiz, mesmo que a química não fique em contato com o comprimento por completo, ela acaba sim atingindo a divisa entre o fio já descolorido e a parte virgem. Por isso, mesmo que o cabelo permaneça cheio após a descoloração, ele vai afinando e quebrando com a repetição do processo.
Em alguns casos, o cabelo sofre corte químico,
Progressiva, mechas e combinação de alisamento com coloração deixam o cabelo mais fraco e propenso à quebra. Isso ocorre porque o procedimento químico altera o PH do fio para que a estrutura seja modificada. Nesse processo, a haste capilar perde nutrientes.
O excesso de química faz com que essa perda seja ainda maior, principalmente quando frequentes, já que não há tempo apra que o tratamento capilar com máscaras aja na estrutura. Nesse caso, ocorre o corte químico — o cabelo fica tão fragilizado que se parte de uma vez só.
O fio molhado é mais maleável e, portanto, mais fácil de partir. Para cabelos ondulados e cacheados, a única hora possível para se pentear é quando o cabelo está úmido. Mas quando o pente ou a escova é passada de forma muito brusca, pode tanto arrancar quanto quebrar o fio pela haste. Por isso, é preciso ter cuidado.
Na hora de escovar, passe a escova ou o pente com suavidade e sempre com a ajuda de um produto emoliente — se for durante o banho, apenas depois de usar o condicionador ou máscara. Se os fios permanecerem embaraçados após a lavagem, use um leave-in para ajudar.
A principal diferença entre queda e quebra de cabelo é que a primeira acontece na raiz, enquanto a segunda ocorre no comprimento. A queda ocorre quando o folículo se desprende do couro cabeludo, derrubando o fio por inteiro. Já a quebra é ocasionada por um evento externo que deixa o fio quebradiço, que se parte ao meio com facilidade.
No geral, a quebra se resolve com a diminuição do procedimento que danifica a estrutura do fio, além do uso de máscaras de hidratação. Já a queda exige uma mudança nutricional — algo que também vai ajudar a evitar a quebra, pois bons nutrientes formam fios mais fortes.
Se você notou algum problema de queda de cabelo, veja até que ponto ela é considerada normal.
Você sabia que é essencial passar pela consulta inicial para o transplante capilar? Além de…
Você conhece bem seu cabelo? Esse fio finíssimo — de 0,07 mm de espessura, em…
Quando os primeiros sinais de calvície aparecem, já bate o desespero: será que vou perder…
O cabelo é considerado a moldura do rosto, independentemente do gênero. Demonstra saúde, estilo e…
Nos cinemas, propagandas e programas de televisão, o cigarro era um símbolo de glamour. Com…
O transplante capilar é a única solução para reverter a perda folicular pela alopecia androgenética,…