Surgida em 2002, a técnica FUE (Follicular Unit Extraction ou Extração de Unidade Folicular) transformou o trabalho do transplante capilar ao oferecer um resultado sem cicatrizes aparentes. Mas outro recurso promete mudar novamente os resultados da cirurgia plástica para cabelos: o robô ARTAS. Rápido, preciso e com remoção superficial, o equipamento diminui o tempo de cirurgia e promete resultados melhores.
Será, porém, que o robô é essencial para uma boa cirurgia? Na verdade, sem um bom profissional, nenhum transplante capilar terá sucesso. Neste texto, você entenderá o que é e como o robô ARTAS funciona. Continue a leitura.
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O que é o robô ARTAS?
O sistema robótico de transplante capilar ARTAS é um robô criado especificamente para transplante capilar. É o segundo criado com esse fim até o presente dia (o primeiro foi o SAFER, que você também conhecerá neste texto).
O objetivo da Restoration Robotics, empresa americana que o desenvolveu em 2008, foi tornar o processo da técnica FUE mais preciso, rápido e menos invasivo que os métodos da época.
O sistema ARTAS é uma máquina grande, equipada com câmeras digitais e punções automatizadas e colocadas diretamente no couro cabeludo do paciente. Utiliza inteligência artificial e visão robótica para identificar e extrair unidades foliculares saudáveis do couro cabeludo.
Como o robô ARTAS funciona?
Assim como ocorre com a técnica FUE manual, o ARTAS trabalha em fases. Conheça cada uma delas.
Mapeamento digital
Antes de explicar como o ARTAS funciona, é preciso saber um pouco sobre a anatomia do seu couro cabeludo.
Repare em uma pessoa com as madeixas sem falhas: a linha frontal — que faz a transição entre a testa e o cabelo — não é completamente densa. Há uma passagem entre os fios, que ficam mais cheios quando próximos do centro do couro cabeludo. Então, não faz sentido criar uma linha frontal espessa, pois não trará a naturalidade que o paciente precisa.
Se o cirurgião não tiver muita acurácia ou senso estético, a linha frontal ficará muito cheia, o que tirará a naturalidade do cabelo. Porém, o ARTAS auxilia no planejamento da nova linha capilar, criando um desenho mais natural.
Antes do procedimento, o ARTAS realiza um mapeamento 3D da área doadora e receptora, identificando a direção, ângulo e densidade dos folículos capilares.
Extração individual de folículos
Utilizando uma pequena agulha, o robô extrai individualmente os folículos capilares da área doadora com alta precisão, minimizando danos aos folículos e reduzindo cicatrizes visíveis
As microincisões puntiformes são ainda menores do que as do punch comum, o que proporciona cicatrizes menores (as tradicionais já são praticamente invisíveis) e uma recuperação mais veloz.
Há também mais velocidade na extração dos folículos. Quando feitas manualmente, o cirurgião demora horas; o robô ARTAS, porém, faz o mesmo serviço em um tempo consideravelmente reduzido.
Preparação dos enxertos
O cirurgião não remove os folículos e os coloca imediatamente; ele precisa avaliar se os enxertos estão realmente saudáveis. Quando o punch remove uma unidade folicular (que pode ter até quatro fios no mesmo poro), o profissional deve separá-los para distribuí-los por todo o couro cabeludo.
Os folículos extraídos são armazenados e classificados conforme tamanho e qualidade, permitindo ao cirurgião selecionar os mais adequados para a implantação. Depois, o cirurgião pode distribuí-los pelo couro cabeludo seguindo o planejamento.
Implantação precisa
Antes de reinserir os folículos no couro cabeludo, o cirurgião deve preparar o couro cabeludo para recebê-los. Para tal, é preciso criar incisões na área receptora para colocá-los novamente na cabeça.
O robô ARTAS cria essas microincisões de forma estratégica, seguindo o planejamento elaborado antes da cirurgia. Dessa forma, o equipamento auxilia a criar um padrão natural de crescimento capilar.
Supervisão médica
Apesar da automação, o robô ARTAS não trabalha sozinho. A tecnologia, embora muito válida, não tem o domínio, o senso estético e o conhecimento de um profissional do transplante capilar.
Em nenhum momento o robô atuará sem supervisão de um cirurgião experiente, que vai monitorar o processo e fazer ajustes conforme necessário. Portanto, o paciente não precisa se preocupar com esse aspecto
Quais os benefícios do uso do robô ARTAS?
Mais rapidez na extração, mapeamento 3D e recuperação mais veloz. Veja essas e outras vantagens que o ARTAS oferece a médicos e pacientes.
Precisão inigualável
Para executar o transplante capilar, o robô ARTAS trabalha com câmeras HD e inteligência artificial. Essa junção permite que o cirurgião execute cada etapa com precisão milimétrica, resultando em um aspecto natural. A remoção, por exemplo, só ocorre em folículos previamente combinados.
O ARTAS consegue selecionar folículos capilares saudáveis com mais acurácia. Além disso, sua extrema precisão preserva a saúde das unidades foliculares e evita danos.
O robô ARTAS só utiliza a técnica FUE, ou seja, a remoção dos folículos ocorre individualmente. Dessa forma, o cirurgião organiza a retirada nas unidades com mais pelos, por exemplo. Nesse caso, ele também avalia a retirada de uma forma que não forme outras áreas rarefeitas.
Por fim, a automação reduz a variabilidade manual, que pode ocorrer principalmente entre profissionais com pouca experiência, proporcionando resultados mais uniformes.
Minimização de cicatrizes
Uma das maiores vantagens da técnica FUE é reduzir as marcas visíveis da área doadora. A remoção é praticamente superficial: o suficiente para retirar o folículo sem comprometer sua estrutura. Portanto, a cicatriz puntiforme não fica perceptível a olho nu.
O robô ARTAS, porém, consegue fazer uma remoção ainda menos invasiva e sem riscos de erros humanos. Além disso, os furos feitos na área receptora só tem profundidade suficiente para receber os enxertos. Consequentemente, as cicatrizes são ainda menos perceptíveis.
Recuperação mais rápida
Com a remoção mais superficial e intervenções menos profundas, a pele necessita de menos tempo para recuperação. Por ser menos invasivo e mais controlado, o procedimento costuma gerar menos dor, inchaço e sangramento, características comuns do processo pós-operatório. Assim, o paciente consegue voltar às suas atividades normais em menos tempo.
Design personalizado da linha capilar
Independentemente do tipo de tecnologia escolhida, o médico faz o planejamento da cirurgia antes do procedimento. Essa simulação é essencial, pois permite que o médico escolha os folículos certos para a cirurgia — na região que não sofre com a alopecia androgenética (calvície). Também auxilia o médico a escolher folículos de maneira organizada, sem criar outras áreas com rarefação.
Para ajudar nesse planejamento, o equipamento conta com o ARTAS Hair Studio, um software que permite ao médico simular digitalmente a linha frontal do cabelo. O mais interessante é que o cirurgião não precisa se guiar pelo alinhamento pré-calvície: é possível criar uma linha considerando estética, simetria e densidade, com visualização 3D antes da cirurgia.
O planejamento também possibilita que pessoas que tenham a linha frontal muito alta (mas não necessariamente sofram de calvície) também passem pelo transplante.
Procedimento mais rápido
Uma sessão de transplante capilar pode durar até sete horas. Afinal, além de retirar as unidades capilares uma por uma, o cirurgião precisa separar os folículos (cada unidade pode ter até quatro fios em formação), criar poros no couro cabeludo e, depois disso, inserir os enxertos. É um procedimento lento, mesmo com o apoio da equipe, e exige muito cuidados em sua execução.
A velocidade e a eficiência do robô ARTAS reduzem o tempo total da cirurgia, pois o equipamento consegue fazer as intervenções com rapidez. Para o paciente, significa menos tempo no consultório; para a equipe médica, menos fadiga e mais foco na qualidade.
Menor taxa de transecção
A transecção é quando um folículo é cortado ou danificado na extração. Por ter uma precisão robótica, o ARTAS oferece menos riscos de danos na estrutura, o que aumenta a sobrevivência e crescimento dos fios transplantados.
O robô ARTAS substitui o cirurgião?
Não, o robô ARTAS não substitui o cirurgião. Apesar de utilizar tecnologia de ponta e inteligência artificial, o equipamento auxilia a cirurgia, mas não a comanda.
Enquanto o ARTAS executa as partes mais repetitivas com maior controle, o profissional comanda, supervisiona e faz a implantação dos folículos.
Entenda melhor por que o robô ARTAS não substitui o cirurgião plástico.
Dependência
O robô ARTAS só funciona quando comandado por um profissional experiente, ou seja, por um cirurgião plástico que trabalhe com transplante capilar. Ele trabalha para facilitar e acelerar o trabalho do médico, mas depende totalmente de suas habilidades e conhecimento técnico para funcionar.
Senso estético
Apesar de o ARTAS ser capaz de perceber as melhores unidades foliculares no couro cabeludo, é preciso contar com o profissional médico para fazer o planejamento e evitar que a retirada de folículos forme uma segunda área rarefeita. E caso o paciente queira uma linha frontal diferente — mais próxima das sobrancelhas, por exemplo — o médico utilizará o software 3D para desenhá-la de acordo com as preferências do paciente.
Atendimento humanizado
O médico se preocupa não apenas com o transplante em si, mas em oferecer o melhor resultado possível para o paciente. Para tal, conversa, mostra uma estimativa de resultado, explica como o procedimento funciona e recomenda os fármacos certos para uma boa recuperação.
Como você viu, o robô ARTAS traz uma série de benefícios durante a cirurgia, mas que não serão suficientes sem um bom profissional por trás. E se você deseja passar pelo transplante capilar, precisa conversar com um profissional que quer te oferecer os melhores resultados.
Com décadas de experiência em cirurgia plástica, o Dr. Raul Mauad conta com estrutura de ponta e um corpo clínico preparado para te atender. E se você deseja tirar dúvidas, não se preocupe: os especialistas estarão à disposição para responder.
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