A cirurgia para repor folículos nas áreas calvas já é bastante conhecida e desejada por muitas pessoas que sofrem do problema. Mas você sabia que também existe o transplante de barba? Quem sofre com poucos pelos no rosto, falhas ou cicatrizes pode passar pela intervenção. Além de rápida, há poucas contraindicações.
Se você gostaria de ter uma barba mais cheia, entenda como funciona a cirurgia de transplante de barba e quais cuidados são necessários no pré e pós-operatório.
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É a inserção de folículos capilares em falhas ocorridas na região da barba. Essas unidades podem ser da própria barba, do couro cabeludo ou de outras partes do corpo, desde que seus fios sejam semelhantes em tamanho e espessura.
O transplante de barba é recomendado para indivíduos que se incomodam em não ter uma barba cheia, mas isso não significa necessariamente um problema. É também uma cirurgia indicada para quem deseja retocar a região do bigode.
Em qualquer transplante capilar, são utilizados folículos do próprio paciente, nunca de um doador. Isso porque as chances de dar um efeito colateral indesejado são muito grandes. Além disso, o paciente teria que tomar remédios. No fim das contas, os benefícios não iriam suprir todo o esforço investido.
Com folículos retirados do próprio paciente, há uma série de benefícios:
Indivíduos maiores de idade (principalmente a partir dos 20 anos) que tenham boas condições de saúde e uma área doadora compatível, que pode ser tanto na própria barba (área submandibular) quanto em outras áreas do corpo, como laterais da cabeça ou tórax.
O transplante é indicado para indivíduos com barba falha ou rala, além de quem tem cicatrizes na região e deseja disfarçá-las.
O transplante capilar é feito por um dermatologista ou tricologista especializado nesse tipo de cirurgia. Resumidamente, ele passou por teoria e prática além daquela feita na graduação e na residência para fazer esse procedimento. Portanto, antes de escolher a clínica ou profissional, observe suas qualificações e experiência.
A cirurgia é feita com anestesia local, que pode ter ou não sedação. Existem duas técnicas que podem ser utilizadas para o transplante de barba.
A técnica FUT é aquela em que uma faixa de pele recheada de folículos é retirada da área doadora. Depois, o cirurgião separa todos os folículos para reimplantá-los na barba. O bom desta técnica é que poucas unidades são perdidas.
Além disso, é possível cobrir uma boa área rala, já que o número de folículos retirados de uma vez só é bem grande. Num transplante capilar, por exemplo, o cirurgião consegue tirar uma linha de folículos de 1 cm de altura por até 30 cm de largura. Como as falhas da barba exigem menos cobertura, a faixa de folículos retirada é menor.
O único “porém” dessa cirurgia é deixar uma cicatriz linear na região doadora. Contudo, o cirurgião pode fazer em uma área em que essa marca fique escondida. Por outro lado, a tecnologia atual permite que ela fique menor e mais discreta.
Mais recente, a técnica FUE é a extração de folículo por folículo para cobrir a área receptora. Para que isso ocorra, o cirurgião faz microincisões arredondadas (menores que 1 mm) ao redor das unidades foliculares. É preciso respeitar a direção do nascimento dos fios para que o resultado seja natural no pós-transplante.
O mais bacana é que essa técnica não deixa cicatrizes: a área doadora fica lisa, enquanto as micropunções das regiões receptoras ficam cobertas pelos fios crescidos.
Para que a cirurgia não deixe falhas na região doadora, há um consenso entre os cirurgiões de retirar um folículo a cada cinco. Assim, a diminuição de densidade na região fica praticamente imperceptível.
A técnica FUE se subdivide em duas formas de aplicá-la: simples e robótica.
Na FUE manual, o cirurgião retira os folículos com um micropunch, uma pequena lâmina redonda. Já na Robotic FUE, a remoção é feita por meio de um braço robótico comandado por software, que escaneia a área doadora e identifica quais unidades podem ser retiradas. O cirurgião ativa o processo de extração pela máquina.
Tanto na FUE simples quanto na robótica os folículos são separados e transplantados pelo cirurgião e sua equipe.
Independentemente da técnica, as unidades capilares são separadas com a ajuda de microscópios 3D e, em seguida, o cirurgião separa as melhores para reimplantá-las, uma a uma, nos espaços com falhas na barba.
Sim. Inclusive, ele pode fazer os transplantes de barba e de cabelo simultaneamente. O cirurgião vai estipular se é possível fazer os dois procedimentos de uma vez só e se a área doadora será suficiente para as duas regiões.
Para quem tem alopecia androgenética (conhecida popularmente como calvície),
Não necessariamente. A calvície atinge apenas os pelos do couro cabeludo — tanto que muitos calvos têm a barba cheia. A falha da barba não está relacionada à calvície e vice-versa. Além do mais, a testosterona baixa pode deixar a região com poucos pelos. Com a calvície, porém, é exatamente o contrário: o excesso de DHT (versão mais “potente” do esteróide) ligado aos folículos predispostos à calvície deixam o couro cabeludo sem pelos.
A alopecia areata, porém, pode sim atingir a região. Também chamada de “pelada”, a condição costuma deixar falhas arredondadas no couro cabeludo, na barba e em outras regiões do corpo. Com o tempo, os pelos podem ou não voltar a crescer e, em muitos casos, ressurgem mais finos e até grisalhos.
Ter uma barba falha ou rala pode ser uma questão simplesmente genética. Como o Brasil é um país miscigenado, ter essa condição é normal e não indica um problema.
Outros fatores que podem deixar a barba rala ou falha são falta de higiene ou cuidados, hábitos ruins e uso de produtos inadequados à pele da região.
Por fim, o cirurgião pode retirar folículos do couro cabeludo para fazer o transplante de barba, já que a linha que envolve as laterais e a região posterior acima da nuca não são atingidos pela alopecia androgenética. Portanto, mesmo que o indivíduo não trate a calvície, essa faixa de cabelo vai permanecer.
Geralmente, os cirurgiões evitam o procedimento em indivíduos que sofrem com dermatites no local. Portanto, não deixe de informar ao médico caso tenha algum problema do tipo ou alergias de pele. Também é preciso informar se há alguma doença preexistente ou se toma algum remédio regularmente.
E, como dito, é preciso estar saudável e com uma boa área doadora.
O transplante de barba é uma cirurgia prática: não há necessidade de internação e o paciente recebe alta no mesmo dia. Além disso, também não é preciso raspar os fios. O recomendável, aliás, é deixá-los um pouco mais compridos para camuflar o pós-operatório.
Apesar de ser um procedimento mais simples, é preciso se preparar alguns dias antes. Veja dicas:
A cirurgia de barba tem um pós-operatório ainda mais tranquilo que o transplante capilar. Para se ter uma ideia, o indivíduo pode voltar ao trabalho e outras atividades cotidianas em 48 horas. No entanto, não exagere nos movimentos nesses primeiros dias.
Veja outras dicas para passar pelo período com mais conforto.
É normal sentir um pouco de desconforto na região receptora, mas isso é rapidamente solucionado com o uso de analgésicos receitados pelo próprio cirurgião. Além disso, o local costuma ficar com algumas casquinhas — formadas pela mistura de fibrina, plaquetas e sangue, essenciais para a cicatrização. Porém, elas caem naturalmente em torno de 10 dias.
Por fim, caso você perceba algum hematoma no local, não se preocupe: ele desaparece em menos de duas semanas.
Outro detalhe importante é que o resultado do transplante de barba aparece mais rápido. Enquanto nos fios só é possível perceber 100% em 12 meses, na barba os fios são notados em quatro ou cinco meses. O final aparece entre seis e oito meses após a cirurgia.
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