Couro cabeludo: 7 hábitos que auxiliam na saúde

Considerado a moldura do rosto, o cabelo é parte fundamental da beleza de um indivíduo. Por isso mesmo, é normal que as pessoas invistam em diversos produtos para mantê-lo sempre bonito e bem-cuidado. O problema é que, em muitos casos, as pessoas se esquecem da parte responsável por abrigar a produção do cabelo: o couro cabeludo.

Por mais que o indivíduo goste de usar diferentes produtos para manter o cabelo bonito, de nada vai adiantar se a lavagem não for bem-feita. Neste texto, você vai entender mais sobre o couro cabeludo, além de 7 dicas para manter a saúde da região. Confira:

Couro cabeludo: a parte “viva” do seu cabelo

Muitas vezes não percebemos que a parte “viva” do cabelo é o couro cabeludo. Ele é o responsável por “armazenar” o folículo capilar, que produz os fios. Sua espessura é intermediária: nem tão fina quanto a das pálpebras, nem tão grossa quanto a da nuca.

Extremamente vascularizado, o couro cabeludo recebe a nutrição sanguínea continuamente para produzir cerca de 100 fios de cabelo — isso, claro, sem contar os cerca de 100 mil já existentes. Além da grande densidade de folículos pilosos, a região também conta com muitas glândulas sebáceas, que estão localizadas na mesma estrutura do folículo. 

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É importante lembrar que o cabelo é uma estrutura “morta”, ou seja, ele é formado por células mortas feitas predominantemente de queratina. Não tem circulação sanguínea e, por isso, não se regenera. Os produtos são voltados a limpar sem agredir as estruturas e selar as cutículas do fio.

Na hora de manter cuidados com o cabelo, é essencial incluir o couro cabeludo. Assim, os fios podem crescer em uma região saudável. 

Como manter a saúde do couro cabeludo

Veja hábitos que ajudam a manter a região saudável:

1. Lave o cabelo com frequência

Muitas pessoas acham que lavar o cabelo com frequência pode enfraquecer os fios ou até fazê-los cair com mais rapidez. Contudo, é exatamente o contrário: o excesso de oleosidade pode agravar a queda de cabelos, pois é capaz de provocar inflamação ao redor do folículo capilar.

Então, por que é tão comum ver diversos fios no box logo após a lavagem? Esse cabelo é o que já estava na fase telógena, em que os fios se soltam para que novos sejam produzidos pelos folículos. Então, lavar o fio não faz com que o cabelo caia mais rápido, pois aquele fio que caiu já estava se soltando.

Outro fator importante é que a limpeza ajuda a manter o couro cabeludo saudável. Portanto, de nada adianta deixar os cabelos bonitos se a pele se mantiver suja.

Frequência de lavagem

Não há uma rotina certa de lavagem; isso vai variar conforme o tipo de fios e a rotina do indivíduo. Quem treina ou nada diariamente precisa lavar o couro cabeludo com mais frequência; o cabelo liso também tende a ser mais oleoso e, portanto, necessita de mais limpeza.

Já quem tem o couro cabeludo mais seco pode espaçar mais as lavagens.

Mar e piscina

Após sair do mar e da piscina, os fios precisam ser lavados imediatamente. O cloro e o sal desidratam a pele e a fibra capilar. Os dois podem provocar ressecamento, descamação e sensibilidade.

Se não puder lavar os fios no local, dê uma chuveirada. A água doce ajudará a tirar boa parte da substância do couro cabeludo e dos fios.

2. Cuidado com as unhas

Ainda na limpeza dos fios, um hábito comum é usar as unhas para esfregar o couro cabeludo. Esse “auxílio” na lavagem é só impressão: quando muito afiadas, podem machucar a pele. 

Para limpar o couro cabeludo, faça movimentos circulares com as pontas dos dedos. Essa massagem também pode ajudar na circulação sanguínea da região e proporcionar fios mais saudáveis. 

Também evite cutucar o couro cabeludo e os cabelos durante o dia. As unhas carregam muitos microrganismos que podem contaminar a pele e os fios.

3. Evite água muito quente

A água quente pode, sim, prejudicar a saúde do couro cabeludo e a proteção dos fios, pois remove a oleosidade natural da região. Quando lavamos o cabelo, é normal remover o excesso dessa produção sebácea. Contudo, a água quente faz essa limpeza além do necessário.

Esse excesso de remoção pode causar o efeito rebote, ou seja, o couro cabeludo produzirá mais oleosidade e deixará o cabelo com aspecto opaco, parecendo sujo — mesmo quando você acabou de lavá-lo.

Outro problema está relacionado ao cabelo: a água muito quente abre as cutículas da haste capilar. Com isso, o fio fica mais poroso e ressecado, já que a hidratação “escapa” com mais facilidade.

Por fim, a água quente pode deixar o couro cabeludo mais seco, podendo até causar irritação e descamação — a famosa caspa. Por isso, prefira lavar seus fios na temperatura fria ou morna. Caso o dia esteja muito frio, faça o enxágue final com água morna para fechar as cutículas capilares e aumentar o brilho dos fios.

4. Fuja da exposição solar

O couro cabeludo é pele, por isso precisa ser protegido da luz solar. O uso de protetor seria o ideal — no mercado, há os produtos em aerossol, mais fáceis de aplicar na região do que os cremosos ou líquidos.

Há também produtos com proteção solar para cabelos, mas é preciso ler na embalagem se sua aplicação também é adequada para o couro cabeludo. Nos dias de calor, use bonés e chapéus para se proteger.

Para quem tem cabelos longos, vale prendê-los em um rabo de cavalo e borrifar o filtro solar novamente. Assim, é possível ter proteção dupla: do produto em si e do cabelo.

4. Não durma com o cabelo molhado

Há quem goste de lavar os fios antes de dormir para dormir com a sensação de limpeza. O problema é deitar com o couro cabeludo úmido ou extremamente molhado. O contato com o travesseiro não permite que a pele tenha espaço para se secar. Com isso, o ambiente fica propício à proliferação de fungos e outros microrganismos, além de aumentar as chances de descamação (dermatite seborreica).

Caso lave o cabelo à noite, seque a região com o secador no jato frio. Por mais que usar o aparelho não seja um hábito saudável, dormir com o couro cabeludo molhado é ainda pior.

5. Cuidado com a química

O uso frequente de descoloração, progressiva e outros procedimentos químicos agressivos pode causar alergia, descamação e até queimaduras, dependendo do tipo de substância e do grau de contato com a pele.

Escova progressiva, alisamento, relaxamento e descoloração são algumas das químicas que sensibilizam e podem queimar o couro cabeludo. Caso você faça esses procedimentos, dê um bom espaçamento entre uma sessão e outra. Também escolha uma química para fazer: a combinação de descoloração e progressiva, além de degradar a haste capilar, também duplica as chances de sensibilização e queimadura na região — principalmente quando os dois são feitos em dias próximos.

Por fim, evite encostar as químicas no couro cabeludo. Quanto mais distante estiver, menor a chance de provocar irritações e, principalmente, queimaduras. 

6. Mantenha uma distância segura do secador

Embora com menos potência, o secador também prejudica a saúde do couro cabeludo e da haste capilar. Três fatores podem agravar o problema: o calor, a proximidade e a frequência.

Secar o cabelo diariamente, com um jato muito quente e próximo ao couro cabeludo vai ser muito mais maléfico. 

Para manter a saúde do couro cabeludo, tente espaçar a secagem dos fios com o secador, deixando-os secar naturalmente em alguns dias. Além disso, prefira o jato frio ou mais fraco e mantenha uma distância de, pelo menos, 15 cm entre o aparelho e seu cabelo. 

7. Evite o cigarro

O cigarro conta com pelo menos 4720 substâncias tóxicas que atuam sistematicamente, prejudicando o corpo por inteiro. Um dos primeiros reflexos percebidos é com relação à vascularização: o fumo prejudica a circulação sanguínea dos folículos pilosos e da pele do couro cabeludo. Dessa forma, além de enfraquecer os fios, ele também resseca e enfraquece a pele.

Outro problema é com a cicatrização. Se o indivíduo sofrer algum machucado no couro cabeludo, a pele da região vai demorar mais a se regenerar.

Por fim, indivíduos fumantes têm uma resposta mais deficiente a tratamentos contra a calvície, como o uso de finasterida, minoxidil e, claro, do transplante capilar. Como a pele não é devidamente irrigada, os folículos têm mais dificuldade de se fixar na nova região e produzir fios saudáveis. É por isso que o cirurgião solicita parar de fumar pelo menos um mês antes da cirurgia e manter a abstinência um mês depois.

Como visto, manter a saúde do couro cabeludo não é difícil. Uma rotina com bons hábitos garante que a região continue limpa, hidratada e sem irritações. Mas se você notou que os fios estão sumindo, o problema pode ser um pouco mais sério.

Mesmo um couro cabeludo limpo e saudável pode sofrer com alopecia androgenética, a famosa calvície. Nesse caso, o problema não está no cabelo, e sim genético. Portanto, não há como curar a queda, e sim retardá-la com tratamentos.

E se você já está com rarefações, pode revertê-las com o transplante capilar — o único método capaz de fazer os fios crescerem em áreas calvas. Os folículos utilizados são do próprio paciente, por isso os resultados costumam ter mais de 90% de sucesso.

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